quinta-feira, 17 de setembro de 2015

ÌYEWÁ


O Céu Cor-de-Rosa
Também conhecida como Ìyá Wa. Assim como Iyemonjá e Osun, também é uma divindade feminina das águas e, às vezes, associada à fecundidade. É reverenciada como a dona do mundo e dona dos horizontes. Em algumas lendas Iyewá aparece como a irmã de Osumarê e pertencendo a ela a faixa branca do arco-íris, e em outras como esposas de Obaluwaiyê ou Omolú.
Iyewá é o orixá da alegria, do belo, dos cantos, da vida e das belezas que a vida nos dá, Iyewá é quem rege todas as mutações, sejam elas orgânicas ou inorgânicas; é o orixá responsável pela mudança das águas, de seu estado sólido para gasoso ou vice-versa. Ela é quem gera as nuvens e chuvas: quando olhamos para o céu e vemos as nuvens formando figuras, pois ali esta Iyewá, dando diferentes formas. Iyewá é responsável pelo ciclo interminável de transformação da água em seus diversos estados. Ela esta ligada às mutações dos vegetais e animais; ela esta ligada às mudanças e transformações, sejam bruscas ou lentas; Iyewá é o desabrochar de um botão de rosa, ela é uma lagarta que se transforma em borboleta, ela é a água que vira gelo e o gelo que vira água, ela quem faz e desfaz. Iyewá é a própria beleza contida naquilo que tem vida é o som que encanta, é a alegria, é a transformação do mal para o bem: enfim Iyewá é a vida.
Iyewá é a divindade do rio Yewa, Tem muitos poucas iniciadas devido à complexidade de seu ritual. O desconhecimento começa com as coisas mais simples como a roupa que veste as armas e insígnias que segura e os cânticos e danças.
Orixá que protege as virgens e tudo que é inexplorável. Iyewá tem o poder da vidência, Senhora. Do céu cor-de-rosa, do céu estrelado rainha dos cosmos. Ela está o lugar onde o homem não alcança.
Seu símbolo é o arpão, pode também carregar um ofá dourado, uma espingarda ou uma serpente de metal. Às vezes, Iyewá é considerada a metade mulher de Osumarê, a faixa branca do arco-íris. Ela é representada também pelo raio do sol, pela neve.
As palmeiras com folhas em leque também simbolizam Iyewá exótica, bela, única e múltipla.
Na verdade ela mantém fundamentos em comum com Osumarê, inclusive dançam juntos, mas não se sabe ao certo se seria a porção feminina, sua esposa ou filha.
Quando cultuada na nação Ketú, Iyewá dança, ilu, hamunha e agueré, Na cultura djêdje, onde suas danças são impressionantes, prefere o bravun e o sató e dança acompanhada de Osumare, Omolú e Nanã.
Nas festas de Olugbajé, Iyewá não pode ser esquecida, deve receber seus sacrifícios, e no banquete não pode faltar uma de suas comidas favoritas; banana-da-terra frita em azeite.
Iyewá não roda em cabeça de homens.
Há itans que dizem que Iyewá é uma virgem e que só vira ( manifesta em sua filhas virgen. Devemos entender que os itans servem para nos orientar sobre o comportamento dos Orixás e acabam refletindo um pouco da vida dos seus filhos, mas não podemos fazer leituras e intrepetações literais dos itans como única forma de comportamento possível. Iyewá rege a virgindade, mas isso não significa que uma filha perca sua regencia após "perde-la ". Assim como Osun é a deusa do amor, ao perdermos um grande amor, não deixamos de ser filhos de Osun.

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