sábado, 5 de novembro de 2016

YÁNSÀN BAGÃ...


OYÁ BAGÃ.Deusa do fogo, tem forte ligação com Ogun, Exú, Intôto -
Omolu-intôto(fundamento com Lebara e Oxumarê)
e Babá Egungun, comanda oAxexê, senhora soberana da noite, seu animal predileto é a coruja,em alguns axés, na hora de dar o Ruin (Orunkó), poe-se umaquartinha com omi em sua mão, e seu Ruin será dado do lado defora do barracão, por ela levar o fogo na cabeça, naturalmente seuRuin não será dado sob a cuminheira, usa o laguidbá, terracota ecorais...Oyà Bagan
– Oyá com fundamento com Oxossi, Egun,Exú,Ogun guerreirados ventos os estreitos das matas.Oyà Bagán - s
eu nome quer dizer Ba: Trás, e Gan: Poder, ou seja, aquela que trás opoder. Bagan é uma qualidade muito peculiar, pois apesar de ser associada atempestade, ou ao vento, ela trás consigo a essência dos orixás: Ogun, Odé e BabáEgun e está muito ligada a noite.
Oyà Bagán - veste branco. Muito antiga, diretamente ligada aancestralidade. Provavelmente não seja feita mais na cabeça de ninguem.Como ferramenta de guerra usa mais o Eruèsin (rabo de boi) e muitoraramente Ofanje (Espada) por ser uma Igbalè. Ligada a Ogun Meji,Obaluaiyé e Odè. Filha de Babà Dankó (Bambú) Orisàlà. No ori de BabàMilton tem personalidade calma e maternal. No entanto estremante justa epunitiva qdo assim for necessario.

Iyami Oxoronga

(Do livro "Mural dos Orixás" de Caribé e texto de Jorge Amado - Raízes Artes Gráficas)

Quando se pronuncia o nome de Iyami Oxorongá quem estiver sentado deve se levantar,
quem estiver de pé fará uma reverência pois esse é um temível Orixá, a quem se deve respeito
completo.

Pássaro africano, Oxorongá emite um som onomatopaico de onde provém seu nome. É o
símbolo do Orixá Iyami, ai o vemos em suas mãos. Aos seus pés, a coruja dos augúrios e
presságios. Iyami Oxorongá é a dona da barriga e não há quem resista aos seus ebós fatais,
sobretudo quando ela executa o Ojiji, o feitiço mais terrível. Com Iyami todo cuidado é pouco,
ela exige o máximo respeito. Iyami Oxorongá, bruxa é pássaro.

As ruas, os caminhos, as encruzilhadas pertencem a Esu. Nesses lugares se invoca a sua
presença, fazem-se sacrifícios, arreiam-se oferendas e se lhe fazem pedidos para o bem e para
o mal, sobretudo nas horas mais perigosas que são ao meio dia e à meia-noite, principalmente
essa hora, porque a noite é governada pelo perigosíssimo odu Oyeku Meji.

À meia-noite ninguém deve estar na rua, principalmente em encruzilhada, mas se isso
acontecer deve-se entrar em algum lugar e esperar passar os primeiros minutos. Também o
vento (afefe) de que Oya ou Iansan é a dona, pode ser bom ou mau, através dele se enviam as
coisas boas e ruins, sobretudo o vento ruim, que provoca a doença que o povo chama de "ar
do vento".

Ofurufu, o firmamento, o ar também desempenha o seu papel importante, sobretudo á noite,
quando todo seu espaço pertence a Eleiye, que são as Ajé, transformadas em pássaros do mal,
como Agbibgó, Elùlú, Atioro, Osoronga, dentre outros, nos quais se transforma a Ajé-mãe,
mais conhecida por Iyami Osoronga. Trazidas ao mundo pelo odu Osa Meji, as Ajé, juntamente
com o odu Oyeku Meji, formam o grande perigo da noite. Eleiye voa espalmada de um lado
para o outro da cidade, emitindo um eco que rasga o silêncio da noite e enche de pavor os que
a ouvem ou vêem.

Todas as precauções são tomadas. Se não se sabe como aplacar sua fúria ou conduzí-la dentro
do que se quer, a única coisa a se fazer é afugentá-la ou esconjurá-la, ao ouvir o seu eco,
dizendo Oya obe l'ori (que a faca de Iansã corte seu pescoço), ou então Fo, fo, fo (voe, voe,
voe).

A Mãe Ancestral Universal

01

Okiti Kata, Ekùn A Pa Eran Má Ni Yan
Olu Gbongbo Ki Osun Ebi Ejè
Gosun-gosun On Wo Ewu Ejè
Ko Pá Eni Ko Je Oka Odun
A Ni Esin O Ni Kange
Odo Bara Oto lu
Omi a Dake Je Pa Eni
Omo Opara Oga Ndanu, Sese Iba o !
Iba Ìyàmì o !
NiMo Mo Je Ni Ko Je Ti Aruní
Emi Wa Foribale Fun Sese
Olu idu Pe O papa
Ele Adie Ko Tuka
IyaTemi Mi Ni Bariba Li Akoko
Emi Ako Ni Ala Mo Le Gbe Agada
Emi A Wa Kiyà Onile Ki Ile.
Ìbà Ìyàmì o !
Asé O !

02

Ilè mopue o !
Ìyàmì Òsòróngà Mopue o !
Òdu-Logboje Ibá o !
Ibá Òsa-iyeku kibí odu Ìyàmì Òsòróngà
Mojubá Obinrin Lode Olo Gèlèdè
Ibà Ìyàmì o !
Ohun abáwi fun Agbà
Ni agbà Ngbo
Ohun awí fun Agbà
Ni agbà Ngbá
Ohun timowí loníjé osé
Ohun mofé kose loní
Je kori be e
Ní orunkò éhiyn Ìyàmì Òsòróngà
Olo hun Òla !
Olo kun Òla !
Ójó ojú ómó , baféfó
Aki gbe pue Òòrúnmìlà
Ko gbehun Agbe
Asè o !

03
Ibà Ìyàmì o !
Ìyàmì Òsòróngà moki o !
E mapa mi
E mapa mi
E mapa mi
Ibi ério
É ki gbe mi lo Ibi ério
É kigbe mi lo
Ori, ki ifá un
Édó, ki irigbin
O tutu ki imá méja lalè odo
Ibi ério è kigbe mi lo
Asè o !

Ìyàmi e o Mito da Criação da Roupa de Bàbá Egún

Òsá Méjì
Ìyàmi e o Mito da Criação da Roupa de Bàbá Egún

Òsá méjì é rico. Potente grito. Barulho de sino (ajija) chega no além. Ifá é consultado para Odù, no dia em que ela vem do além para a terra. Ifá é consultado para Òbàrìsà, no dia em que ele vem do além para terra. Ifá é consultado para Ògún, no dia em que ele vem do além para terra. Este três chegam. Entre eles somente Odù é mulher. Odù diz, tu Olúdùmarè. Ela diz, assim vão eles na terra. Ela diz, quando chegarem lá, como ficará? Olódùnmarè diz, eles irão para a terra, boa será a terra. Ele diz, tudo o que eles quiserem fazer então, ele diz, ele lhes dará o poder, então tudo ficará bem. Ògún caminha na dianteira. Quando Ògún caminha na frente deles Òbàrìsà segue. Quando Òbàrìsà segue, Odù vem após. Quando Odù vem após, ela volta atrás. Ela diz, tu Olódùmarè. Ela diz, a terra para onde eles assim vão. Ela diz, Ògún, ela diz, tem o poder dos combatyes, ela diz, ele tem osabre, ele tem o fuzil, ela diz, ele tem todas as coisas para fazer a guerra. Ela diz, Òbàrìsà, ela diz, ele também tem o poder. Ela diz, com o poder que ele tem, ela faz tudo o que quiser. Ela diz, é mulher entre eles, ela é Odù. Ela diz, que poder é o seu? Olódùmarè diz, qual é teu poder? Ele diz, tu serás chamada, para sempre, mãe deles. Ele diz, porque quando todos os três partistes, ele diz, tu a única mulher retornaste. Ela diz, a ti, esta mulher, é dado o poder, que faz dela mãe deles. Ele diz, tu,tu susterás a terra. Olódùmarè lhe confere este poder. Ao lhe conferir o poder, ele lhe confere o poder do pássaro, ele lhe dá o poder de E;eye (proprietária do pássaro). Quando ele lhe deu o poder de eleye, Olódùmarè diz, está bem. Ela diz, esta cabaça de eleye que ele lhe deu, ele diz, conhecerá ela seu emprego na terra? Ele diz, que ela conheça seu emprego na terra. Odù diz, ela o conhecerá.
Ela recebe o pássaro de Olódùmarè. Então ela recebe o poder que ela utilizará com ele. Ela parte. Ela está na iminência de partir. Olódùmarè a chama para que ele volte novamente. Ele diz, está bem, ele diz, retorna. Ele diz, tu Odù, ele diz, retorna. Ele diz, quando ela chegar à terra, ele diz, como irás utilizar teus pássaros, e as forças que ele lhes deu? Ele diz, com irá ela utilizá-los? Odù diz, todos aqueles que não lhe tiverem dado ouvidos, ela diz, ela os combaterá com os pássaros. Ela diz, aqueles que não vieram pedir-lhe uma indicação, (aqueles) que assim fizeram, que não ouviren tudo aquilo que ela disser, ela diz, ela os combaterá. Ela diz, aquele que dela se aproximar para pedir ter dinheiro, ela diz, ela lhe dará. Ela diz, aquele que pedir-lhe para gerar, ela diz, ela o concederá. Ela diz, se tivesse dado dinheiro a alguém, se, em seguida, ele se mostrasse impertinente para com ela, ela diz, que o tomaria de volta. Ela diz, se tivesse dado um filho a uma pessoa, se, em seguida, ela se mostrasse impertinente para com ela, ela diz que o tomaria de volta. Ela diz, tudo aquilo que ela fizer por alguém, se, em seguida, ele se mostrasse impertinente para com ela, ela diz que ela o tomaria de volta. Olódùmarè diz, está bem. Ele diz, nada mau. Ele diz, utiliza com calma o poder que te conferi. Se ela o utilizasse com violência, ele o tomaria de volta, e de todos os homens que te seguirão, faço de ti a mãe deles. Toda coisa que agradar-lhe fazer, é coisa que deverão anunciar a ti, Odù. A partir de então Olódùmarè conferiu o poder à mulher, porque aquele que então recebeu o poder se chamava Odù. Ele dá às mulheres o poder de dizer tudo aquilo que lhes agradar. Sozinho o homem nada poderá fazer na ausência da mulher. Odù chega à terra. Quando chegam juntos à terra, em todas florestas que vêem, que eles chamam a floresta de Eégún, a mulher entra nelas. Aquela que eles chamam a floresta de Orò, a mulher entre nela. Naquele tempo não havia proibição alguma para que a mulher não ousasse entrar em floresta alguma.
Ou para que uma mulher não ousasse entrar em nenhum pátio dos fundos. Se eles querem adorar Eégún, se querem adorar Orò, se querem adorar todos os Òrìsà, a mulher os adora naquele tempo. Quando assim realizam o culto, ah! a antiga (àgbà) exagerou, ela caiu em desgraça. Ifá é consultado para Odù, quando Odù chega à terra. Ei! Dizem, eles tu odù, eles dizem, ela deve agir com calma, que ela tenha paciência, que nãqo seja imprudente. Odù diz, por quê? Eles dizem, por causa do poder que Olódùmarè te deu, eles dizem, para que as pessoas não saibam a razão disso. Odù diz (Ora essa!) ela diz, não é nada disso. Ela diz, ele não são capazes de conhecer o motivo. Ela diz, somente ela foi junto de Olódùmarè. Receber o poder não foi na presença dos outros que chegaram à terra com ela, não foi de modo algum na presença deles. Quando assim falaram a Odù, disseram-lhe que ela faça oferendas. Odù diz, de modo algum! Ela diz, ela não fará oferendas. A oferenda para que a mulher receba o poderio junto a Olódùmarè, ela a fez. Mas ela não deve rejubilar-se exageramente. Ela é capaz de utilizar essas coisas durante muito tempo. As pessoas não podem estragar aquilo que ela tem nas mãos. As pessoas não pessoas não podem conhecer os motivos de sua força. Ela não fará oferendas. Ela parte. Ela põe para fora (a roupa de) Eégún. Ela faz Orò sair para fora. Todas as coisas, não existem coisas que ela não faça, naqule tempo. Òbàrìsà vem, ele diz, hein! Ele é aquele a quem Olódùmarè confiou a terra. Esta mulher enérgica quer tomar a terra, e o pátio dos fundos (lugar no culto) de Eégún, e o pátio dos fundos de Orò, e o patio dos fundos de todos os òrìsà. (Ele) não ousa entrar em nenhum deles. Ah! esta mulher vem tomar a terra. Òbàrìsà vai consultar (um) babaláwo. O babaláwo a quem ele vai consultar, é Òrúnmìlà quem é consultado por ele naquele dia, é exatamente Òrúnmìlà que ele vai consultar. Ele diz que Òrúnmìlà examine, que diz o oráculo?

Ao lugar para onde vem juntos, eles moram, em um único local. O caracol que Òrìsà ofereceu, Òrìsà pega, adora sua cabeça com ele. Òrìsà adora sua cabeça com o caracol no lugar onde ele mora. Quando Òrìsà terminou adoração, então bebe a água (contida na concha) do caracol. Quando ele bebeu a água da (concha) do caracol. Ele diz, tu Odù também queres beber? Diz, Odù, não tem importância. Odù recebe a água de caracol para beber. Quando odù bebeu a água de caracol, o ventre (o humor) de Odù se acalma. No lugar onde seu humor se acalma, ela diz, ah! ela diz, tu Òrìsà, ela diz, ela conhece através dele um coisa deliciosa de se comer. Ela diz, a água do caracol é doce, o caracol também é doce? Quando terminou de comer, ela diz, isto é bom. Nunca lhe deram coisa tão boa de se comer quanto o caracol. Ela diz, o caracol é o que se deve dar a ele para comer. Ela diz, exatamente o caracol que tu, Òrìsà, comes, ela diz, devemos dar a ele. Òrìsà diz que lhe dêem caracóis, ele diz, mas teu poder que não me mostraste, ele diz, é a única coisa que me entristece. Ele diz, toda coisa, qualquer outra coisa que possuas, ele diz,tu ousas mostrá-las, tu Odù. Òrìsà assim fala. Quando Òrìsà assim falou, Odù diz, quando ela veio ficar com ele em um único lugar, ela diz, tudo aquilo que ele fizer, ela nada esconderá dele. Ela diz, tudo aquilo que ela fizer, ela nada esconderá. Ela diz, ele poderá ver todos os seus trabalhos e todos os seus hábitos. Ela diz, ela fica com ele em um único lugar. Òbàrìsà diz, nada mau. Quando Òrìsà diz nada mau, eles estão juntos. Ele estão juntos, querem adorar Eégún. Odù traz as coisas com as quais adora Eégùn, ela as leva para o pátio dos gundos de Eégún. Ela diz a Òbàrìsà que a siga. Ah! Òbàrìsà diz que está assustado. Ela diz que ele a siga. Òbàrìsà segue. Quando Òbàrìsà segue (e) entra na floresta de Eégún, eles adoram Eégún.
Quando eles adoram Eégún, Odù se cobre com a roupa de Eégún. Mas ela não sabe como se faz o som (da voz) de Eégún, como se faz a voz de Eégún, Odú não sabe. Ela sabe somente cobrir-se coma roupar, ela sabe somente fazer as orações, como todo mundo. Mas ela não sabe como se fala com a voz dos seres do além. Quando eles adoraram Eégún, Odù pega a roupa, cobre-se com ela. Ela faz votos de felicidade a uma pessoa que trouxe comida. Quando terminou os votos, ela sai. Quando saiu, ela e Òbàrìsà, chegou para eles o tempo de ir para casa. Òbàrìsà vai ao lugar (onde se encontra) a roupa. Antes a roupa de Eégún não tinha rede. Òrìsà acrescentou a rede. A rede por onde Eégún pode ver. Naquele tempo Eégún tinha uma roupa simples. Quando as mulheres faziam Eégún o tecido era simples. Elas faziam um furo no lugar do rosto para que elas (pudessem) ver um pouco. (Não havia) re, naquele tempo elas faziam um furo no lugar do rosto de Eégún. Mas quando Òbàrìsà chega, Òbàrìsà vem acrescentar a rede. Depois que eles chegam à casa, Òbàrìsà vai novamente ao pátio dos fundos de Eégún. Ele pega (a roupa de) Eégún, corta o lugar do rosto, aí põe a rede. Após colocar a rede, ele se cobriu com a roupa de Eégún. Quando se cobriu com a roupa de Eégún, pega o chicote. Empunha o chicote. (Não se despediu de Odù, dizendo que vai ao pátio dos fundos de Eégún, no lugar de onde ele sai.) Òbàrìsà fala com a voz de Eégún. Fala com a voz de Eégún, eles não distinguem sua voz. Faz votos, eles não distinguem sua voz. Aquele que quer adorar Eégún diz hein! Ele diz ah! ele diz Eégún que ele adora e, com efeito, verdadeiro, ele diz um dos seres do além veio à terra, ele empunha o chicote. O chicote que ele assim empunhou, arrasta-o no chão. Fala então coma voz de Eégún. No lugar onde se encontra, ele fala coma voz de Eégún. Ele se torna uma coisa que assusta Odù. Ah! ah! quando ela veste a roupa, não conhece esse modo de falar. Ah! ah! quem entrou rapidamente na roupa?
Quem, em seguida, falou rapidamente com esse semelhante voz? Cominteligência o homem toma o poder. E toda a inteligência da mulher, com inteligência o homem toma das mãos das mulheres. Olódùmarè, em primeiro lugar, transmitiu a inteligência e o poder de Eleye à mulher. Mas com inteligência e astúcia o homem toa a inteligência da mão das mulheres. Quando Odù viu que esse Eégún em torno de toda a cidade. Odù viu então que a roupa é sua. Quando ela viu que a roupa é sua, ela diz, quem é este ai? Ela não vê Òbàrìsà na casa. Ela diz, esse aí é Òbàrìsà? Odù permanece em casa. Ela envia seu pássaro. Ela lhe diz que vá empoleirar-se no ombro (de Eégún). Eles devem ir juntos. Tudo aquilo que Eégún disse, age pelo poder do pássaro, empoleirando em seu ombro. Quando tudo aquilo que ele diz se realizou, (e) quando ele volta para casa. Ele volta ao pátio dos fundos de Eégún. Ele se despe no chão. Ele coloca o chicote no chão. Torna a pôr sua própria roupa. Sai. Eleye vai para perto de sua proprietária (Odù). Quando ele volta para casa. Então Odù o saúda. Ela diz, sê bem-vindo. Ela diz, de onde vem ele? Òbàrìsà diz, ele vem de fora. Odù diz, nada mau. Ela diz, sê bem-vindo. Então Òbàrisà esparrama no chão todas as coisas que recebeu. Quando ele as esparramou, Odù diz, está bem. Ela diz, então foi sua roupa de Eégún que ele conduziu para fora? Òbàrìsà diz, assim é. Odù diz, está bem. Ela diz, verdadeiramente a ele convém mais do que a ela fazê-la (sair). Ela diz, toda essa gente, ela diz, grita, eis Eégún! Eis Eégún! Ela diz, eles gritam por causa dele. Ela diz, ele arrasta seu chicote no chão, ela diz, a honra cabe a ele. Ela diz, a partir de hoje, ela diz, ela concede Eégún ao homem. Ela diz, por causa dela, ela diz, mulher alguma nunca mais ousará entrar na roupa de Eégún. Ela diz, por causa de Òrìsàlá, ela diz, ela dá Eégún ao homem,. Ela diz, mas se ele deve sair, ela diz, ela tem o poder que ele utiliza. O motivo se deve à amizade entre Eégún e eleye. No lugar de onde vem Eégún, as Eleye (também) vêm.
Todo o poder utilizado por Eégún é o poder de Eleye. Odù diz, mulher alguma jamais entrará na (roupa) de Eégún. Mas ela poderá dança, ir ao encontro de Eégún, quer dizer que se Eégún sair, ele dançará diante dele, ele dançará na estrada, ao encontro de Eégún. Ela diz, a mulher fará isto unicamente. Ela diz, a mulher não ousará nunca mais entrar no pátio dos fundos. Ela diz, a partir de hoje é o homem que levará Eégún para fora. Ela diz, ninguém, nem os netos, nem os velhos poderão zombar da mulher. Ela diz, a mulher tem mais poder sobre a terra. Ela diz, além do mais, a mulher nos pôs no mundo. Ela diz, todo mundo nasceu da mulher. Ela diz, todas as coisa que as pessoas quiserem fazer, se não forem ajudadas pelas mulheres, ela diz, não podem fazer. (É por este) motivo que os homem nada podem fazer na terra, se não obtiverem das mãos das mulheres. Eles cantam. Òbàrìsà também canta. Quando é o quinto (dia), eles fazem (a festa da semana. Ele diz que todos os cânticos que eles cantarão serão este aqui, vindos do (odù de Ifá) Òsá Méjì. Ele diz, eles saúdam as mulheres, ele diz, se eles saudarem as mulheres, a terra será tranqüila. Eles cantam assim: “Dobrai o joelho, dobrai o joelho para as mulheres. A mulher nos pôs no mundo, assim somos seres humanos. A mulher é a inteligência da terra, dobrai o joelho para a mulher. A mulher nos pôs no mundo, assim somos seres humanos”.
Òsá Méjì

Xangô, Shango ou Sango

Xangô, Shango ou Sango, é Orixá, de origem Yorubá. Seu mito conta que foi Rei da cidade de Oyo, identificado no jogo do merindilogun pelos odu obará, ejilaxebora e representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba xango.
Pierre Verger dá como resultado de suas pesquisas que: Shango ou Xangô, como todos os outros imolè (orixás e ebora), pode ser descrito sob dois aspectos: histórico e divino.
Como personagem histórico, Xangô teria sido o terceiro Aláàfìn Òyó, "Rei de Oyo", filho de Oranian e Torosi, a filha de Elempê, rei dos tapás, aquele que havia firmado uma aliança com Oranian.
Xangô, no seu aspecto divino, permanece filho de Oranian, divinizado porém, tendo Yemanjá como mãe e três divindades como esposas: Oyá, Oxum e Obá.
Xangô orixá dos raios, trovões, grandes cargas elétricas e do fogo. É viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Por esse motivo, a morte pelo raio é considerada infamante. Da mesma forma, uma casa atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera de xangô. Xangô é o Orixá do Poder, ele é a representação máxima do poder de Olorum.
Sacerdote de Sango - Magba
Sacerdotisa de Sango - Iya Magbá
Atabaque de Sango - Ilu batá
Toque favorito - Alujá
Fruto favorito - Orogbo
Bichos - Akunko, Agutan, Ajapá
Comida - Amalá
Foi ele quem criou o culto de Egungun, sendo ele o único Orixá que exerce poder sobre os mortos. Xangô é a roupa da morte, por este motivo não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho que lhe pertence. Ao se manifestar nos Candomblés, não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de saieta, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns.
Xangô é o fundador do culto aos Eguns, somente ele tem o poder de controlá-los, como diz um trecho de um Itã:

"Em um dia muito importante, em que os homens estavam prestando culto aos ancestrais, com Xangô a frente, as Iyámi Ajé fizeram roupas iguais as de Egungun, vestiram-na e tentaram assustar os homens que participavam do culto, todos correram mas Xangô não o fez, ficou e as enfrentou desafiando os supostos espíritos. As Iyámis ficaram furiosas com Xangô e juraram vingança, em um certo momento em que Xangô estava distraído atendendo seus súditos, sua filha brincava alegremente, subiu em um pé de Obi, e foi aí que as Iyámis Ajé atacaram, derrubaram a Adubaiyani filha de Xangô que ele mais adorava. Xangô ficou desesperado, não conseguia mais governar seu reino que até então era muito próspero, foi até Orunmilá, que lhe disse que Iyami é quem havia matado sua filha, Xangô quiz saber o que poderia fazer para ver sua filha só mais uma vez, e Orunmilá lhe disse para fazer oferendas ao Orixá Iku (Oniborun), o guardião da entrada do mundo dos mortos, assim Xangô fez, seguindo a risca os preceitos de Orunmilá.
Xangô conseguiu rever sua filha e pegou para sí o controle absoluto dos mistérios de Egungun (ancestrais), estando agora sob domínio dos homens este culto e as vestimentas dos Eguns, e se tornando estritamente proibida a participação de mulheres neste culto, caso essa regra seja desrespeitada provocará a ira de Olorun. Xangô , Iku e dos próprios Eguns, este foi o preço que as mulheres tiveram que pagar pela maldade de suas ancestrais."
Xangô foi o quarto rei lendário de Oyo (Nigéria, África), tornado Orixá de caráter violento e vingativo, cuja manifestação são o fogo, o Sol, os Raios, as Tempestades e os trovões. Filho de Oranian, teve várias esposas sendo as mais conhecidas: Oyá, Oxum e Obá. Xangô é viril e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Sua ferramenta é o Oxê: machado de dois gumes. Xangô é o Orixá do Poder, ele é a representação máxima do poder de Olorun.
Enquanto Oxossi é considerado o Rei da nação de ketu, Xangô é considerado o rei de todo o povo yorubá. Orixá do fogo, dos raios e das tempestades, Xangô foi um grande rei que unificou todo um povo. Foi ele quem criou o culto de Egungun, muitos Orixás possuem relação com os Egunguns mas, ele é o único Orixá que, verdadeiramente, exerce poder sobre os mortos, Egungun. Xangô é a roupa da morte, Axó Iku, por este motivo não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho que lhe pertence. Ao se manifestar nos Candomblés, não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de saieta, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns
Xangô era forte, valente, destemido e justo. Era temido, e ao mesmo tempo adorado. Comportou-se em algumas vezes como tirano, devido a sua ânsia de poder, chegando até mesmo a destronar seu próprio irmão, para satisfazer seu desejo. Filho de Yamasse (Torosi) e de Oraniã, foi o regente mais poderoso do povo yorubá. Ele também tem uma ligação muito forte com as árvores e a natureza, vindo daí os objetos que ele mais aprecia, o pilão e a gamela; o pilão de Xangô deve ter duas bocas, que representam a livre passagem entre os mundos, sendo Xangô um ancestral (Egungun). Da natureza, ele conseguiu profundos conhecimentos e poderes de feitiçaria, que somente eram usados quando necessário. Tem também uma forte ligação com Oxumaré, considerado por ele como seu fiel escudeiro.
Xangô é cultuado no Brasil, sob 12 (doze) qualidades. Vale salientar, que muitos seguem cegamente as ditas qualidades de Xangô da Bahia, e não é bem assim, por exemplo, Airá é um outro Orixá que não se dá com Xangô.Reza a lenda que Ayra era muito próximo de Xango, e quando Oxalufã, em visita ao reino de Xango, foi erroneamente confundido com um ladrão, teve suas pernas quebradas e foi preso. Uma vez Xango percebendo o engano, mandou que o tirassem da prisão, o limpassem e dessem a ele vestimentas condizentes com a grandiosidade de Oxalufã, porém Oxalufã estava viajando e teria ainda outros lugares para ir. Por ser muito velho e agora com as pernas tendo sido quebradas, a locomoção havia sido afetada, fazendo que Oxalufã andasse curvado e muito vagarosamente. Xangô então mandou que Ayrá levasse Oxalufã nas costas até a próxima cidade. Ayrá, percebendo ali a sua grande oportunidade, durante o caminho se voltou contra Xangô, falando a Oxalufã que Xango sabia que ele estava preso, acabando por ganhar a confiança de Oxalufã, que o tomou para si; razão pela qual Ayrá usa branco, mas nao é um fum-fum. Xangô que nao suporta traições se irritou com a atitude de Ayrá cortando relações com ele, desde então eles jamais devem ser cultuados juntos ou mantidos na mesma casa.
As Qualidades de Xangô[editar]
As qualidades de Xangô são estas:
Afonjá - Afonjá, o Balé (governante)da cidade de Ilorin. Afonjá era também Are-Ona-Kaka-n-fo, quer dizer líder do exército do império. Segundo a história de Oió, no início do século dezenove, Oió era governada pelo rei Aolé, ele possuía aliados que eram espécies de Generais, que lhe davam todo o tipo de apoio mantendo assim o podes absoluto sobre o Reino Iorubá e os reinos anexados. Mas um dia um desses generais resolveu se rebelar contra Oió e se unir com os inimigos, esse general se chamava Afonjá que era conhecido como Kakanfo de Ilorin. Declarou-se independente de Oió. Com isso o Rei de Oió Aolé se envenenou para não ver o desmembramento do Império. Afonjá traíu o Império Iorubá, mas quando os rebeldes assumiram o poder Afonjá foi decaptado pelo seu novo aliado. Este alegou que se um homem traíu seu antigo rei ele voltaria a trair tantos outros.
Obá Kosso - Título que Xangô recebe ao fundar a cidade de Kossô nos arredores de Oió, tornando-se seu Rei. Título dado também a Aganju, irmão gêmeo de Xangô quando de sua chegada em Oió foi aclamado como o Rei Não se Enforcou, Obá Kô Sô.
Obá Lubê - Título de Xangô que faz referência a todo o seu poder e riqueza, pode ser traduzido como Senhor Abastado.
Obá Irù ou Barù - Título dado a Xangô logo após chegar ao apogeu do império, quando cria o culto de Egungun, é aclamado como a forma humana do Deus primordial Jakutá sobre a terra,senhor dos raios, tempestades, do Sol e do fogo em todas as suas formas. Ele acaba por destroir a capital do Reino numa crise de cólera e depois arrependido, se suicida , adentrando na terra.
Obá Ajakà - Também intitulado Bayaniym," O pai me escolheu ", que faz referência a ele por ser o filho mais velho de Oraniã, e ter por direito que assumir o trono, irmão mais velho de Xangô.
Obá Aganjù - Aganju representa tudo que é explosivo, que não tem controle, ele é a personificação dos Vulcões.
Obá Orungã - Filho de Aganju Solá e Iemanjá, Orungan é dono da atmosfera é o ar que respiramos, dono da camada que protege a Terra. Ver mais abaixo.
Obá Ogodô - Muito falado também, é apenas o que se diz sobre Xangô, pois, Ogodô é o verbo bocejar. Então, quando está trovejando, o que se diz é que Xangô está bocejando. Dai Xangô Ogodô, é apenas um título de Xangô.
Jakutà ou Djakutà - Jakutá, é a representação da justiça e da ira de Olorun, míticamente Xangô foi iniciado para este Orixá sendo considerado como a forma divina primordial do mesmo. Ele foi enviado em sua forma divina por Olorun para estabelecer a ordem e submeter Oduduá e Oxalá aos planos da criação durante um momento de conflito entre as divindades. É o próprio Xangô.
Obá Arainã - Oroinã e Oraniã - Personificação do fogo, o magma do centro da terra é o pai de Xangô e de Aganju em sua forma humana.
Olookê - Orixá dono das montanha, em algumas lendas é um dos filho de Oraniã, foi casado com Yemanjá.
Saudação: Kawó-Kabiesilé Saudação é a forma com que os Orixas são reverenciados;
Cores: Vermelho e Branco ou Vermelho e Marrom ou Marrom e Preto ou Marrom e Branco ou somente Marrom ou vermelho.As cores representam os Orixás, e podem variar segundo a linha religiosa;
Dia da Semana: Quarta-Feira;
Elementos: Fogo, Vulcões, Tempestades, Sol, Trovões, Terremotos, Raios, criador do Culto de Egungun, senhor dos mortos, desertos e formações rochosas;
Elemento Livro: os livros representam Xangô porque este orixá está ligado as questões da razão, do conhecimento e do intelecto. Bem como a Justiça e o Direito;
Ferramenta: Oxê, machado duplo de dois cortes laterais feito e esculpido em madeira ou metal;
Pedra: Meteorito;
Domínios: Justiça, Poder Estatal, Questões Jurídicas, Pedreiras;
Oferendas: Amalá, cágado, carneiro, e algumas vezes cabrito. Gosta de Orobô, mas recusa Obi (noz de cola), ao contrário dos demais Orixás;
Dança: Alujá, a roda de Xangô. São vários toques que falam de suas conquistas, seus feitos, suas mulheres e seu poder e domínio como Orixá.
Animais associados a Xangô: Tartaruga, Falcão, Águia, Carneiro e Leão.
Changó (em português, Xangô) é uma das deidades da religião yorubá. Na Santeria sincretiza com S.António
Resumo
Changó é um dos mais populares Orishas do panteão Yoruba. É considerado Orisha dos trovões, dos raios, da justiça, da virilidade, da dança e do fogo. Foi em seu tempo um rei tirano, guerreiro e bruxo, quem por equívoco destruiu sua casa e a sua esposa e filhos e logo se converteu em Orisha.
Orisha da justiça, da dança, da força viril, dos trovões, dos raios e do fogo, dono dos tambores Batá, Wemileres, Ilú Batá o Bembés, da festa e da música; representa a necessidade e a alegria de viver, a intensidade da vida, a beleza masculina, a paxão, a inteligência e as riquezas
O Orisha
Changó é chamado Yakutá (o lançador de pedras) e Obakosso (rei de Kosso). Foi o quarto Rey de Oyo e também o primeiro awó, trocou o ashe (axé) da adivinhação com Orunmila pelo da dança, é dono também dos tambores Batá, Wemileres, Ilú Batá o Bembés.
Família
Foi esposo de Obbá, Oyá y Oshún. Foi filho de Obbatala e Aggayu Solá, mas em outros caminhos se registra como de Obbatalá Ibaíbo e Yembó ou de Obbatalá e Oddua, mas em todos os caminhos considera-se criado por Yemaya e Dadá. Irmão do último, Oggun, Osun, Eleggua e Oshosi
Oferendas
As oferendas a Changó incluem amalá, feito a base de farinha de milho, leite e quimbombó (quiabo), bananas verdes, banana indio, otí (água ardente), vinho tinto, milho tostado, cevada, alpiste, etc. Imola-se carneiros, galos, codornas, tartarugas, galinha de guiné, pombas, etc
Pataki (Itan) de Changó
Furioso com os seus descendentes ao saber que Oggún havia querido ter relações com sua própria mãe, Obatalá ordenou executar a todos os varões. Quando nasceu Changó, Elegguá (seu irmão) levou-o escondido para sua irmã mais velha, Dadá, para que o criasse. Em pouco tempo nasceu Orula, o outro irmão, Elegguá, também temeroso da ira de Obatalá, o enterrou ao pé de uma árvore e lhe levava comida todos os dias. O tempo passou e um belo día Obatalá caiu enfermo. Elegguá buscou rápido a Changó para que o curasse. Logo que o grande médico Changó curou seu pai, Elegguá aproveitou a ocasião para implorar de Obatalá o perdão de Orula. Obatalá cedeu e concedeu o perdão. Changó cheio de alegria cortou a árvore e dela entalhou um belo tabuleiro e junto com ele, deu a seu irmão Orunmila o dom da adivinhação. Desde então Orunmila diz: “Maferefum (benção) Elegguá, maferefum Changó, Elegbara”. Também pela mesma razão a ékuele (moeda usada na Guiné Equatorial) de Orunmila leva na soldadura um fragmento do colar de Changó (branco e vermelho) por uma ponta. Desde então Orunmila é o adivinhador do futuro como interprete do oráculo de Ifá, dono do tabuleiro e conselheiro dos homens.

VODUNS ORIXAS E INKISSIS

Muitos Voduns Jeje são originários de Ajudá. Porém, os cultos dessesVoduns só cresceram no antigo Dahomé. Muitos desses Voduns não se fundiramcom os orixás nagôs e desapareceram totalmente. O culto da serpente Dãng-bi éum exemplo, pois ele nasceu em Ajudá, foi para o Dahomé, atravessou o Atlântico e foi até as Antilhas.Quanto a classificação dos Voduns Jeje, por exemplo, no Jeje Mahin tem-se a classificação do povo da terra, ou os Voduns Caviunos, que seriam osVoduns Azanssu, Nanã e Bessem. Temos, também, o Vodun chamado Ayzain(pronuncia-se Aizãn) que vem da nata da terra. Este é um Vodun que nasce emcima da terra. É o Vodun protetor da Azan, onde Azan quer dizer "esteira", emJeje. Achamos em outro dialeto Jeje, o dialeto Gans-Crus, também o termo Zeninou Azeni ou Zani e ainda o Zoklé. Ainda sobre os Voduns da terra encontramosLoko. Ele apesar de estar ligado também aos astros e a família de Heviosso,também está na família Caviuno, porque Loko é árvore sagrada; é a gameleirabranca, que é uma árvore muito importante na nação Jeje. Seus filhos sãochamados de Lokossis. Agué, Azaká é também um vodun Caviuno. A família Heviosso é encabeçada por Badë, Acorumbé, também filho deSogbô, chamado de Runhó. Mawu-Lissá seria o orixá Oxalá dos yorubás. Sogbôtambém tem particularidade com o Orixá em Yorubá, Xangô, e ainda com o filhomais velho do Deus do trovão que seria Averekete, que é filho de Ague e irmãode Anaite. Anaite seria uma outra família que viria da família de Aziri, pois são as Aziris ou Tobossys que viriam a ser as Yabás dos Yorubás, achamos assim AziriTobossy. Estou falando do Jeje de um modo geral, não especificamente doMahín, mas das famílias que englobam o Mahín e também outras famílias Jeje.Como foi relatado, Jeje era um apelido dado pelos yorubás. Na verdade,esta família, ou seja, os que pertencemos a esta nação deveriam ser classificados de povo Ewe, que seria o mais certo. Ewe-Fon seria a nossaverdadeira denominação. Nós seríamos povos Ewe ou povos Fons. Então, sefôssemos pensar em alguma possibilidade de mudança, nós iríamos nos chamar,ao invés de nação Jeje, de nação Ewe-Fon. Somente assim estaríamos fazendo jus ao que é encontrado em solo africano. Jeje é então um apelido, mas assimficamos para todas as nossas gerações classificados como povo Jeje, emrespeito aos nossos antepassados.Continuando com algumas nomenclaturas da palavra Ewe-Fon, por exemplo, a casa de candomblé da nação Jeje chama-se Kwe = "casa". A casamatricial em Cachoeira de São Félix chama-se Kwe Ceja Undê. Toda casa Jejetem que ser situada afastada das ruas, dentro de florestas, onde exista espaçocom árvores sagradas e rios. Depende das matas, das cachoeiras e depende deanimais, porque o Jeje também tem a ver com os animais. Existem até cultoscom os animais tais como, o leopardo, crocodilo, pantera, gavião e elefante quesão identificados com os Voduns. Então, este espaço sagrado, este grande sítio,esta grande fazenda onde fica o Kwe chama-se Runpayme, que quer dizer

"fazenda" na língua Ewe-Fon. Sendo assim, a casa chama-se Kwe e o local ondefica situado o candomblé, Runpayme. No Maranhão predomina o culto àsdivindades como Azoanador e Tobosses e vários Voduns onde a "sacerdotisa" échamada Noche ou Doné e o cargo masculino, Toí Voduno ou ainda Doté.
FUNDADORES
Voltando a falar sobre "Kwe Ceja Undê", esta casa como é chamada emCachoeira de São Félix de "Roça de Baixo" foi fundada por escravos comoManoel Ventura, Tixerem, Zé do Brechó e Ludovina Pessoa.Ludovina Pessoa era esposa de Manoel Ventura, que no caso africano é o donoda terra. Eles eram donos do sítio e foram os fundadores da Kwe Ceja Undê.Essa Kwe ainda seria chamada de Posehen (pronuncia-se Pozerren), que vemde Kipó, "pantera".Darei um pequeno relatório dos criadores do Posehen Tixarene que seria oprimeiro Pejigãn da roça; e Ludovina, pessoa que seria a primeira Gaiacú. A roça de cima que também é em Cachoeira é oriunda do Jeje Dahomé, ou seja,uma outra forma de Jeje. Estou falando do Mahin, que era comandada por SinháRomana que vinha a ser "Irmã de santo" de Ludovina Pessoa (esta última maistarde assumiria o cargo de Gaiacú na Kwe de Boa Ventura). Mas, pela ordemtemos Manoel Ventura, que seria o fundador, depois viria Sinhá Pararase, SinháBalle e atualmente Gamo Lokossi. O Kwe Ceja Undê encontra-se emcontrovérsia, ou seja, Gamo Lokossi é escolhida por Sinhá Pararase para ser averdadeira herdeira do trono e Gaiacú Aguéssi, que seria Elisa Gonçalves deSouza, vem a ser a dona da terra atualmente. Ela pertence a família Gonçalves,os donos da terra. Assim, temos os fundadores da Kwe Ceja Undê.Aqui, no Rio de Janeiro, saindo de Cachoeira de São Félix, Tata Fomutinhodeu obrigação com Maria Angorense, conhecida como Kisinbi Kisinbi (angola), ou Ahum Simi Simi (Jeje), como querem outros. Uma das curiosidades encontradasdurante minha pesquisa sobre Jeje é o que chamamos de Deká, que na verdadevem do termo idecar, do termo fon iidecar, que quer dizer "transmissão desegredo". Esse ritual é feito quando uma Gaiacú passa os segredos da naçãoJeje para futura Gaiacú pois, na nação Jeje não se tem notícias, que possa ter havido "Pai de santo". O cargo de sacerdotisa ou "Mãe de santo" eraexclusivamente das mulheres. Só as mulheres poderiam ser Gaiacús

OGAN
Os cargos de Ogan na nação Jeje são assim classificados: Pejigan que é oprimeiro Ogan da casa Jeje. A palavra Pejigan quer dizer "Senhor que zela peloaltar sagrado", porque Peji = "altar sagrado" e Gan = "senhor". O segundo é oRuntó que é o tocador do atabaque Run, porque na verdade os atabaques Run,Runpi e Lé são Jeje. No Ketu, os atabaques são chamados de Ilú. Há tambémoutros Ogans como Gaipé, Runsó, Gaitó, Arrow, Arrontodé, etc.Podemos ver que a nação Jeje é muito particular em suas propriedades. Éuma nação que vive de forma independente em seus cultos e tradições de raízesprofundas em solo africano e trazida de forma fiel pelos negros ao Brasil.
JEJE MINA
Em 1796, foi fundado no Maranhão o culto Mina Jeje pelos negros fonsvindos de Abomey, a então capital de Dahomé, como relatei anteriormente, atualRepública Popular de Benin.A família real Fon trouxe consigo o culto de suas divindades ancestrais,chamados Voduns e,principalmente, o culto à Dan ou o culto da SerpenteSagrada.Uma grande Noche ou Sacerdotisa, posteriormente, foi Mãe Andresa, últimaprincesa de linhagem direta Fon que nasceu em 1850 e morreu em 1954, com104 anos de vida. Aqui, alguns nomes dos Deuses Voduns:*Ayzan - Vodun da nata da terra*Sogbô - Vodun do trovão da família de Heviossô*Aguê - Vodun da folhagem*Loko - Vodun do tempo
Os Vodunsis da família de Dan são chamados de Megitó, enquanto que dafamília de Kaviuno, do sexo masculino, são chamados de Doté; e do sexofeminino, de Doné.Os cumprimentos ou pedidos de bençãos entre os iniciados da família deDan seria "Megitó Benoí?" Resposta: "Benoí"; e aos iniciados da família Kaviuno,ou seja, Doté e Doné seria "Doté Ao?" Resposta: "Aótin".O termo usado "Kolofé", cuja resposta é "Kolofé, Olorun Kolofé" vem dafusão das Nações de Jeje e de Ketu.

A Nação Ketu
..."Várias mulheres enérgicas e voluntariosas, originárias de Ketu, antigasescravas libertas, pertencentes à Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte daIgreja da Barroquinha, teriam tomado a iniciativa de criar um terreiro decandomblé chamado Iya Omi Axé Airá Intilé, numa casa situada na Ladeira doBerquó, hoje rua Visconde de Itaparica, próxima à Igreja da Barroquinha......Os nomes destas mulheres são eles mesmos controversos. Duas delaschamadas Iyalussô Danadana e Iyanassô Akalá, segundo alguns, auxiliadas por um certo Babá Assiká, saudado como Essá Assiká no Padê, teriam sido asfundadoras do terreiro Axé Airá Intilé. Iyalusso Danadana, segundo consta,regressou à Africa e lá morreu. Iyanassô teria, pelo seu lado, viajado para Ketu,acompanhada de Marcelina da Silva. Não se sabe, exatamente, se esta era suafilha de sangue, ou filha espiritual - quer dizer, iniciada por ela no culto dos Orixás- ou, ainda, se tratava de uma prima sua. As opiniões sobre o assunto sãodivergentes e tornam-se objeto de eruditas discussões, estando, porém, todos deacordo em declarar que seu nome de iniciada era Obatossí.Marcelina-Obatossí fez-se acompanhar nesta viagem por sua filhaMadalena. Após sete anos de permanência em Kétu, o pequeno grupo voltouacrescido de duas crianças que Madalena tinha tido na África e grávida de umaterceira, Claudiana, que será, por sua vez, mãe de Maria Bibiana do EspíritoSanto, Mãe Senhora, Oxunmiwá......O terreiro fundado por trás da Barroquinha mudou-se por diversas vezese, após haver passado pelo Calabar, Baixa de São Lázaro, instalou-se sob onome de Ile Iyanassô, no local onde ainda hoje se encontra, sendo familiarmentechamado de Casa Branca do Engenho Velho, no qual Marcelina- Obatossítornou-se Mãe de Santo, após a morte de Iyanassô” (Vide Notas Sobre Cultos deOrixás e Voduns da Bahia – Verger, Pierre Fatumbi)Pelo descrito pelos babalorixás e Yalorixás ancestrais, teria sido esta aprimeira casa de candomblé de Kétu estabelecida no Brasil, tendo dela surgidooutras como o Iya Omi Axé Iya-Massê (Gantois) e Centro Cruz Santa do Axé deOpô Afonjá.

A Nação Angola
Pelo sul do domínio kongoles, entre o curso do Dande (rio), e as águas doLonga (rio), e a partir da costa até o rio Kuango, estendiam-se os Ambundu.Incluem os povos que formaram o antigo reino de Angola, concentrando-se nasterras da Matamba onde tomaram o nome de Ambundu, que quer dizer vencedor. Angola foi descoberta em 1486, pelo navegador português Diogo Cão, e estásituada na costa ocidental da África.O conquistador de Ndongo, nome do primeiro reino, chamava-se NgolaNzinga ia Nku. Um chefe vassalo do Kongo e descendente em terceira geraçãodo Mani Kongo (rei), Nimi ia Lukeni. O qual conquistou a região, erigiu em reinodando-lhe o seu nome ou título, que é documentado em português já no início doséc. XVI.Destas invasões ambundu do vale Kambo, alcançando Matamba, o chefeJaga Ngola Nzinga ia Nku, conquistou terras de Ndongo, que vieram a constituir o Reino de Angola, onde mais tarde, a rainha Tumba ia Ngola, casou-se com ogrande guerreiro e autoridade divina Ngola Kiluanji Kiá Samba, cujo nome édado ao País até hoje.O grupo Ambundu hoje denominado Kimbundu, é em realidade, um grupolingüístico constituído por Dembo, Ngola Mahungo, Njinga, Holo, Bondo, Bangala,Songo, kisama, Libolo, Muako, Musende, Xinji, Kavungo e Minungu, sendo estasduas ultimas tribos, originárias do velho grupo Luanda-Kioko. A língua Kikongo, prolonga-se até o noroeste da Luanda junto a Kuango,na tribo Musuku, parente dos Kongoleses no sangue e na cultura, existindo umaafinidade muito forte com o Kimbundu. (A Matamba era chamada de Kitamba,que quer dizer braseiro. Como os que cultuavam a divindade guerreira, Kitamba,viviam em uma terra de muitas guerras, passaram a chama-la de Matamba, ouseja este nome foi originado de Kitamba)

Iniciação no candomblé Kétu
O sacerdócio e organização dos ritos para o culto dos Orixás sãocomplexos, com todo um aprendizado que administra os padrões culturais detranse, pelo qual os deuses se manifestam no corpo de seus iniciados durante ascerimônias para serem admirados, louvados, cultuados. Os iniciados, filhos efilhas-de-santo (yawo, em linguagem ritual), também são popularmentedenominados "cavalos dos deuses" uma vez que o transe consiste basicamenteem mecanismo pelo qual cada filho ou filha se deixa cavalgar pela divindade, quese apropria do corpo e da mente do iniciado, num modelo de transe inconscientebem diferente daquele do kardecismo, em que o médium, mesmo em transe,deve sempre permanecer atento à presença do espírito. O processo de setransformar num "cavalo" é uma estrada longa, difícil e cara, cujos estágios na"nação" Ketu podem ser assim sumariados: Para começar, a mãe-de-santo devedeterminar, através do jogo de búzios, qual é o Orixá dono da cabeça daqueleindivíduo (Braga, 1988). Ele ou ela recebe então um fio de contas sacralizado,cujas cores simbolizam o seu Orixá, dando-se início a um longo aprendizado queacompanhará o mesmo por toda a vida. A primeira cerimônia privada a que anoviça (abiãn) é submetida consiste num sacrifício votivo à sua própria cabeça(borí), para que a cabeça possa se fortalecer e estar preparada para algum diareceber o Orixá no transe de possessão.Para se iniciar como cavalo dos deuses, a abiãn precisa juntar dinheirosuficiente para cobrir os gastos com as oferendas (animais e ampla variedade dealimentos e objetos), roupas cerimoniais, utensílios e adornos rituais e demaisdespesas suas, da família-de-santo, e eventualmente de sua própria famíliadurante o período de reclusão iniciática em que não estará, evidentemente,disponível para o trabalho no mundo profano.Como parte da iniciação, a noviça permanece em reclusão no terreiro por um número em torno de 21 dias. Na fase final da reclusão, uma representaçãomaterial do Orixá do iniciado (assentamento ou igbá-Orixá) é lavada com umpreparado de folhas sagradas trituradas (abô). A cabeça da noviça é raspada epintada, assim preparada para receber o Orixá no curso do sacrifício entãooferecido (orô). Dependendo do Orixá, alguns dos animais seguintes podem ser oferecidos: cabritos, ovelhas, pombas, galinhas, galos, caramujos. O sangue éderramado sobre a cabeça da noviça, no assentamento do Orixá e no chão doterreiro, criando este sacrifício um laço sagrado entre a noviça, o seu Orixá e acomunidade de culto, da qual a mãe-de-santo é a cabeça. Durante a etapa dascerimônias iniciáticas em que a noviça é apresentada pela primeira vez àcomunidade, seu Orixá grita seu nome, fazendo-se assim reconhecer por todos,completando-se a iniciação como Yawo (iniciada jovem que "recebe" Orixá). OOrixá está pronto para ser festejado e para isso é vestido e paramentado, elevado para junto dos atabaques, para dançar, dançar e dançar.No candomblé sempre estão presentes o ritmo dos tambores, os cantos, a dançae a comida (Motta, 1991). Uma festa de louvor aos Orixá (toque) sempre seencerra com um grande banquete comunitário (ajeum, que significa "vamos

comer"), preparado com carne dos animais sacrificados. O novo filho ou filha-de-santo deverá oferecer sacrifícios e cerimônias festivas ao final do primeiro,terceiro e sétimo ano de sua iniciação. No sétimo aniversário, recebe o grau desenioridade (Ûgbïnmi, que significa "meu irmão mais velho"), estando ritualmenteautorizado a abrir sua própria casa de culto. Cerimônias sacrificiais são tambémoferecidas em outras etapas da vida, como no vigésimo primeiro aniversário deiniciação. Quando o Ûgïnmi morre, rituais fúnebres (axêxê) são realizados pelacomunidade para que o Orixá fixado na cabeça durante a primeira fase dainiciação possa desligar-se do corpo e retornar ao mundo paralelo dos deuses(Îrun) e para que o espírito da pessoa morta (egún) liberte-se daquele corpo, pararenascer um dia e poder de novo gozar dos prazeres deste mundo.
Ritual e ética
O candomblé opera em um contexto ético no qual a noção judáico-cristãde pecado não faz sentido. A diferença entre o bem e o mal dependebasicamente da relação entre o seguidor e seu deus pessoal, o Orixá. Não há umsistema de moralidade referido ao bem-estar da coletividade humana, pautando-se o que é certo ou errado na relação entre cada indivíduo e seu Orixá particular. A ênfase do candomblé está no rito e na iniciação, que, como se viu brevemente,é quase interminável, gradual e secreta. O culto demanda sacrifício de sangueanimal, oferta de alimentos e vários ingredientes. A carne dos animais abatidosnos sacrifícios votivos é comida pelos membros da comunidade religiosa,enquanto o sangue e certas partes dos animais, como patas e cabeça, órgãosinternos e costelas, são oferecidas aos Orixás. Somente iniciados têm acesso aestas cerimônias, conduzidas em espaços privativos denominados quartos-de-santo. Uma vez que o aprendizado religioso sempre se dá longe dos olhos dopúblico, a religião acaba por se recobrir de uma aura de sombras e mistérios,embora todas as danças, que são o ponto alto das celebrações, ocorram sempreno barracão, que é o espaço aberto ao público.

A Música
As celebrações de barracão, os toques, consistem numa seqüência dedanças, em que, um por um, são honrados todos os Orixás, cada um semanifestando no corpo de seus filhos e filhas, sendo vestidos com roupas decores específicas, usando nas mãos ferramentas e objetos particulares a cadaum deles, expressando-se em gestos e passos que reproduzem simbolicamentecenas de suas biografias míticas. Essa seqüência de música e dança, sempre aosom dos tambores (chamados rum, rumpí e lê) é designada xirê, que em yorubásignifica "vamos dançar". O lado público do candomblé é sempre festivo, bonito,esplendoroso, esteticamente exagerado para os padrões europeus e extrovertido.Para o grande público, desatento para o difícil lado da iniciação, ocandomblé é visto como um grande palco em que se reproduzem tradições afro-brasileiras igualmente presentes, em menor grau, em outras esferas da cultura,como a música e a escola de samba. Para o não iniciado, dificilmente se concebeque a cerimônia de celebração no candomblé seja algo mais que um eternodançar dos deuses africanos
Seguidores e clientes
O candomblé atende a uma grande demanda por serviços mágico-religiosos de uma larga clientela que não necessariamente toma parte emqualquer aspecto das atividades do culto. Os clientes procuram a mãe ou pai-de-santo para o jogo de búzios, o oráculo do candomblé, através do qual problemassão desvendados e oferendas são prescritas para sua solução. O cliente pagapelo jogo de búzios e pelo sacrifício propiciatório (ebó) eventualmenterecomendado. O cliente em geral fica sabendo qual é o Orixá dono de suacabeça e pode mesmo comparecer às festas em que se faz a celebração de seuOrixá, podendo colaborar com algum dinheiro no preparo das festividades,embora não sele nenhum compromisso com a religião. O cliente sabe quasenada sobre o processo iniciático e nunca toma parte nele. Entretanto, ele temuma dupla importância: Antes de mais nada, sua demanda por serviços ajuda alegitimar o terreiro e o grupo religioso em termos sociais. Segundo, é da clientelaque provém, na maioria dos terreiros, uma substancial parte dos fundosnecessários para as despesas com as atividades sacrificiais. Comumente,sacerdotes e sacerdotisas do candomblé que adquirem alto grau de prestígio nasociedade inclusiva gostam de nomear, entre seus clientes, figuras importantesdos mais diversos segmentos da sociedade.Devotos das religiões afro-brasileiras podem cultuar também outrasentidades que não os Orixás africanos, como os caboclos (espíritos de índiosbrasileiros) e encantados (humanos que teriam vivido em outras épocas e outrospaíses). Durante o transe ritual, os caboclos conversam com seus seguidores eamigos, oferecendo conselhos e fórmulas mágicas para o tratamento de todos ostipos de problemas. A organização dos panteões de divindades africanas nosterreiros varia de acordo com cada nação de candomblé (Santos, 1992; M.Ferretti, 1993). Caboclos e pretos-velhos (espíritos de escravos) são centrais naumbanda, em que estas entidades têm papel mais importante no cotidiano dareligião do que os próprios Òrìñà.


III: Comportamento humano como herança dos Orixás
Segundo o candomblé, cada pessoa pertence a um deus determinado, queé o senhor de sua cabeça e mente e de quem herda características físicas e depersonalidade. É prerrogativa religiosa do pai ou mãe-de-santo descobrir estaorigem mítica através do jogo de búzios. Esse conhecimento é absolutamenteimperativo no processo de iniciação de novos devotos e mesmo para se fazeremprevisões do futuro para os clientes e resolver seus problemas. Embora na Áfricahaja registro de culto a cerca de 400 Orixás, apenas duas dezenas delessobreviveram no Brasil. A cada um destes cabe o papel de reger e controlar forças da natureza e aspectos do mundo, da sociedade e da pessoa humana.Cada um tem suas próprias características, elementos naturais, cores simbólicas,vestuário, músicas, alimentos, bebidas, além de se caracterizar por ênfase emcertos traços de personalidade, desejos, defeitos, etc. Nenhum Orixá é neminteiramente bom, nem inteiramente mau. Noções ocidentais de bem e mal estãoausentes da religião dos Orixás no Brasil. E os devotos acreditam que os homense mulheres herdam muitos dos atributos de personalidade de seus Orixá, demodo que em muitas situações a conduta de alguém pode ser espelhada empassagens míticas que relatam as aventuras dos Orixás. Isto evidentementelegitima, aos olhos da comunidade de culto, tanto as realizações como as faltasde cada um.

Vodum Ague


Agué filho de Nanã irmão de Bessen e Sakpatá, era o senhor das aniamã , da guerra caçador de estremas habilidades. Ele é o vodun que conhece o segredo da cura e o mistério da vida.
Todos os voduns recorriam a Agué.
Para curar qualquer moléstia ,qualquer mal do corpo ,todos dependiam de Agué na luta contra doença , todos iam até a casa de Agué oferecer seus sacrifícios, em troca ele lhes dava preparados mágicos , banhos , chás , infusões , pomadas , abo ,curava as dores , as feridas , os sangramentos , os inchaços , as fraturas , curava as pestes , febres ,órgãos corrompidos , limpava as peles purulentas e o sangue pisado em fim limpava o corpo de todos os males que muitas coisas que aprendeu com seu irmão Sakpatá.
Um dia Hevioso que era o Deus da justiça julgou que todos os voduns deveriam compartilhar o poder de Agué , conhecendo o segredo das ervas e o dom da cura , e que Agué dividisse suas aniamã com os outros voduns mas ele se negou a dividir seus poderes Hevioso então ordenou que Onitá que soltasse seus ventos e que eles gerassem um furacão e espalhasse todas as aniamã para que as mesmas se dirigissem até o palácio de seu marido e lá ele pudesse distribuilas aos voduns mas Agué ordenou que as aniamã voltassem dizendo as seguintes palavras :Agué Aguéô ôô e as aniamã obedeceram as ordens de Agué quase todas voltaram para ele, as que já estavam em poder de Hevioso perderam asé e perderam o poder da cura .
O vodun rei que era a propria justiça admitiu a vitoria de Agué e entendeu que o pode das folhas devia ser exclusivo de Agué e que assim devia permanecer através dos séculos .
Agué com tudo deu uma aniamã para cada vodun , deu uma para cada um deles . Cada aniamã com seus asé e seus ófòs que são as cantigas de encantamento sem as quais as aniamãs não funcionam .Agué distribuiu as aniamãs aos voduns para que eles não mais o invejassem. Eles também podiam realizar proezas com as aniamã , mas o segredo mais profundo Agué guardou para si.
Agué não conta seus segredos para ninguém .Agué nem mesmo fala !.Quem fala por ele é seu pássaro ARONÍ. Os voduns ficaram gratos a Agué e sempre o reverenciaram quando usam suas aniamã com a palavra AGUÉÒ.
Saudação: Aho gbo gbo ih aguéô agué benó benó atabirikó.
Simbolo: Brajás e Laguidbás.
Ferramentas: ramo de peregun, arco e flecha e a cabaça.
Comida: Assussu(comida feita com milho torrado e refolgado no azeite de dendê).

VAMOS APRENDER DA NOSSA ANCESTRALIDADE...

Em nosso modesto ponto de vista, e impossível falarmos de Religião, sem darmos aos Ancestrais o verdadeiro papel de destaque que eles merecem. Afinal os Ancestrais não devem ser temidos, ao contrário disso, devem ser amados e louvados, pois se os devo temer, por que Cultuar? Acredito que com o passar do tempo tem havido uma maior conscientização, bem como divulgação das reais funções do Culto Ancestral, tanto que muitos já concluíram que sem a presença de nossa Ancestralidade não somos nada, não teríamos vivido e com certeza não estaríamos lendo esta página  Na verdade o que realmente existe e a necessidade de colocarmos a Ancestralidade no local aonde ela merece, em um patamar digno, sem falsos dogmas ou misticismos, para que a mesma deixe de ser temida, ou até mesmo de ser algumas vezes motivo de falácia, e seja sim, respeitada, viva e presente. Acredito ser importante para a compreensão do tema aqui proposto, que num primeiro momento se defina o que venha a ser Ori: Considerando enquanto divindade pessoal, Ori é de fato a divindade mais importante do panteão, dado que, seja qual for o empenho de outras divindades em favorecer determinada pessoa, todo e qualquer progresso dependerá sempre do que for sancionado por Ori. Todos nascemos com um destino para realizar, entretanto isso não significa que sejamos meros joguetes nas mãos de forças inteiramente deterministas. O homem tem poder de tomar em suas mãos as rédeas do curso da própria existência e participar de modo responsável de seu desenrolar, através da busca da ampliação da consciência e dos conhecimentos e através do desenvolvimento disciplinado da vontade. As realizações fundamentais da existência dependem não apenas de inclinações naturais ou da sorte, mas também de esforços pessoais que, aliados à força do destino promovem o desenvolvimento e constroem o homem forte, rico em saúde, genitor de prole numerosa e possuidor de respeitáveis recursos materiais (prospero), ou seja, um homem respeitado e estimado por todos, benévolo, participante, responsável pela construção de seu grupo comunitário. Tendo-se compreendido preliminarmente o que segundo a visão da Fé Indígena Tradicional Africana, venha a ser este ùnico Òrìsà individual, se faz necessário frisar que segundo o que cremos, este Ori é definido antes mesmo do próprio nascimento, ou seja, no momento exato da criação. E em última análise podemos compreender que é ele o responsável por nossa existência no Aiye. A função vital, que interage junto ao Orí é o Emí, permitindo que este se perpetue, uma vez que o mesmo está associado ao nosso duplo no Òrun ( egbé ), sendo assim, independente de que ciclo o Emí esteja associado, o mesmo circula entre o Òrun e o Ayé, criando um movimento e assim a possibilidade de movimentação concreta dessa energia. Assim sendo, de acordo com nossas ações no Ayé, podemos assumir a condição de um ancestral venerável, tendo participação concreta nas escolhas e caminhos de nossos descendentes. A Ancestralidade: Se você tem sua própria ancestralidade e, portanto raiz, por que cultua somente a dos outros? Não seria esta a hora de avaliar melhor a questão? O que vem a ser a Ancestralidade e por que a devemos Cultuar? A Ancestralidade é algo concreto, e ao cultuarmos a mesma, abrimos um leque de possibilidades e um constante ciclo de renovações de nossas energias, uma vez que a manifestação energética do culto se encontra em constante movimento. É Raiz, portanto caminho. Ela nos traz a realização pessoal e o sucesso! Nada se pode fazer sem a Ancestralidade, pois sendo raiz é ela quem sustenta toda a arvore. Então sem Ancestralidade, sem RAIZ! Todos temos Ancestrais a louvar. Vamos agora definir o que sejam os Ancestrais, são todos aqueles que um dia possuíram sua energia vital no Aiye, e que repassa esta sua energia à sua descendência, garantindo assim a perpetuação da mesma. Ao Cultuarmos Bàbá Egún, reforçamos nossa crença na reencarnação, e através desse fenômeno evocamos a sua presença uma vez que dentro da essência desse culto cremos que todos, a principio sempre voltarão ao Ayé, pois nosso Emí é imortal. Por mais poderosa que seja Ikú(ojegbe-alaso-ona), a mesma não destrói o homem, mas age apenas como um agente de transformação e renovação dos ciclos entre o Òrun e o Ayé. Podemos concluir que, enquanto existir o homem, tempo e o desejo, haverá o Culto a Babá Egún. Quem deve Cultuar a Ancestralidade? Todos temos pai. Temos mãe. Temos avô. Temos avó. E assim por diante. Então por certo TEMOS Ancestralidade! Compreendido isso, podemos facilmente deduzir então que não só podemos, como devemos cultuar nossos Ancestrais. Uma vez que somos o resultado da soma de saberes de nossos Antepassados, destes herdamos o inconsciente coletivo e com ele as informações legadas nele, e é por esta determinante maior, que os devemos louvar. A diferença é que, nem todos devem se iniciar no Culto. Caso não saiba qual é o seu caso, e deseje descobrir seu caminho, ou seja, se é Cultuar ou Iniciar-se, basta consultar seu Ori. Iniciar-se ou não no Culto a Bàbá Egún, dependerá de exclusivamente dele(ORI), pois é ele quem determina o que deve ou não ser feito. E a resposta a esta questão nos é dada através do Oráculo, e é um procedimento válido para os filhos de qualquer Òrìsà. As diferenças entre Iniciação e Assentamento: A INICIAÇÃO: - Numa iniciação, despertamos nos seres humanos características que já se encontram presentes em seu Ori, então deve ser ele iniciado quando assim determinar seu Ori através do Oráculo. Claro que isso só se dará se o postulante atender também aos demais pré-requisitos exigidos pela Egbé a que for se submeter. O ASSENTAMENTO: E Quando devemos possuir o seu Assentamento? - O Igbá Ancestral tem a finalidade de suprir algo que não esteja presente em nossa essência. Assim sendo é necessário que o possuamos em nossas Casas de Culto, para que se possa efetivamente suprir uma eventual necessidade da Comunidade, ou até mesmo pessoal. Pois um ancestral não dorme, não esquece as pessoas que deixou para traz, e é ele a solução de todas as dificuldades em minha vida. Onde se iniciou realmente o Culto? O Culto de Egúngún surgiu em Oyo, foi fundado por uma família de bardos (poetas itinerantes nômades), que antes eram contratados para cantar de forma dramática as glórias das famílias nobres. Depois foram acrescentadas as roupas e rituais de sacrifício transformando-se em mais um "colegiado" de culto Yorùbá, um dos mais respeitados e exclusivos, aliás. Isso porque, provavelmente, no passado todos os mortos ilustres se tornavam Òrìsàs e em Oyo, depois de Sàngó, apenas ele e pessoas da família real passaram a ter este privilégio, daí esta função de divinização dos "plebeus" foi atribuída à Sociedade Egúngún. Daí o fato de Egúngún, enquanto divindade, ser considerado filho de Sàngó, e o Itan que conta que ele usou a roupa de Sàngó para se fazer passar por ele. O Babá Egún que representa o clã original dos bardos chama-se Bàbá Ologbojo ("o-bardo-que-comanda-a-chuva"). Em nosso modesto conceito, desde que o mundo é mundo, louvamos os Ancestrais, tendo, portanto a Mãe África como ponto conhecido de partida. Na diáspora brasileira, ele chegou na memória e no dia a dia de diversos Sacerdotes e das diversas nações, pois todas têm "Ancestralidade". O que nos falta e compreender que todos somos parte do todo, e que não há esta folclórica descendência indireta, descendente é descendente. O discurso etno-centrista é ultrapassado e comprovadamente ineficaz, afinal viemos todos da boa e velha mãe África, pois segundo o que se sabe, lá nasceu a humanidade como a conhecemos hoje. A maior profusão de melanina não desqualifica ou qualifica ninguém, muito menos a genética, pois hoje sabemos que pertencemos todos a uma raça, a humana. O Culto a Ancestralidade procedente de Oyo, foi "mantido" em Itaparica/Bahia, más isso não quer dizer que ele não tenha ocorrido também em outros rincões do Brasil. Há somente uma forma de Culto Ancestral? Seria um lamentável engano, supor que entre as diversas levas de escravos espalhados por nosso país, não houvesse dentre eles Sacerdotes de Ancestrais de diferentes grupos étnicos e religiosos, afinal Cultuar a ancestralidade não é um privilégio exclusivo dos Yorùbás, um exemplo disso é a Nação Bantu/Angola que faz o Culto Ancestral calcado em suas próprias tradições. Há um questionamento muito comum e até constante que gostaria de expor, perguntam-me sempre se uma pessoa que teve, por exemplo, como Ancestral um Budista, pode Cultuar sua Ancestralidade? Em resposta a esta questão, costumo colocar que, muito mais importante que a origem de uma crença pessoal, seja ela cristã, judaica, seja uma pessoa muçulmana ou mesmo sem crença nenhuma é a Ancestralidade. O que difere nossos conceitos dos demais? Creio simplesmente nada. Com que direito podemos pensar que uma pessoa que nos deu a vida, independente de compartilhar de nossas crenças ou não, não possa ser cultuada? Com que direito podemos questionar o fato de uma pessoa de qualquer origem, que ao conhecer o culto e as possibilidades que o mesmo cria, sentir a necessidade de pedir apoio a seus Ancestrais, mesmo os mesmos em vida não tendo crença nenhuma. Ou pensam vocês que simplesmente pelo fato de uma pessoa possuir ancestralidade judaica, ateia ou etc, a mesma é inexistente e por isso não deva ser reverenciada. Um dos conceitos que aprendi no Benin, é que independente da crença pessoal de qualquer um, a mesma deve ser respeitada, e jamais questionada, uma vez que sabemos que, mesmo que a pessoa não creia em nada, ela possui um Ori, ela possui um Òrìsà, e o fato do mesmo manifestar-se ou não, não é um fator determinante para que isso lhe seja tirado. Há perigo no Culto Ancestral? Nossos Ancestrais andam nas ruas Nigerianas e Beninenses abraçando seus descentes queridos! Por que vou cultuar uma energia que pode me gerar malefícios isso seria no mínimo um contra-senso. Até pouco tempo, a visão generalizada era de que estas eram energias perigosas e que o simples toque gerava um resultado nefasto, eu mesmo mantive este dogma por algum tempo, buscando assim evitar um confronto direto de opiniões, más devo as pessoas uma atitude de esclarecimento e divulgação, pois este é meu caminho, e farei sempre o meu melhor quando levar a conhecimento público o que pode ser dito sobre o assunto. Em nossa Egbé o Culto é um pouco mais aberto, pois quem somos nós para proibir que as pessoas tenham acesso direto e dividam seus problemas, desabafem, ou até mesmo busquem conselhos junto a Ancestralidade. Estamos plantando uma semente e muito me alegra saber que em outros espaços da diáspora brasileira existam pontos de vista semelhantes aos nossos. Que são os Egúngún? São os guardiões da herança ancestral de um determinado grupo e através de sua manifestação, podem ajudar ou molestar, criar problemas ou nos encaminhar para a felicidade. Cultuado enquanto espíritos coletivos de uma herança ancestral são conhecidos como Ara Òrun kinkin, e possuem um papel fundamental, pois seus fiéis crêem que o mesmo tem participação constante em tudo aquilo que acontece no Ayé. Sendo assim, orientam, direcionam, protegem, pois de acordo com a crença yorùbá, o Ancestral que deixa sua família no Ayé não dorme. Assim sendo, todas as minhas aflições serão depositadas nas mãos de meus Ancestrais, pois da mesma forma que uma árvore sem raiz não sobrevive, o mesmo acontece com um ser humano que não reconhece a importância de sua ancestralidade. Enquanto Ancestrais, podem ser evocados individualmente (Bàbá Egún) ou coletivamente (Bàbá Igúnnuku ) de acordo com o momento e eventuais necessidades. Suas funções coletivas superaram a linhagem de um determinado círculo familiar. Protegem a comunidade dos espíritos, das epidemias, de feitiços e bruxarias, assegurando assim o bem estar geral. O que vem a ser um Màrìwò? Um filho da Palmeira do segredo, ou seja, uma folha da grande árvore ancestral, irmanados pelo segredo(awò). Quanto à hierarquia, somos exatamente como o Iji Opé, algumas folhas mais novas outras mais maduras, porém todos são folhas. Compreendendo melhor, são todos os iniciados no Culto a Ancestralidade, desde o Omò Isan até o Alapini. Baba Egún passa pelo processo de Atunwá? Como foi dito acima, segundo o conceito africano a morte não é o ponto final da vida, más sim o início de outro nível da existência humana. Eles acreditam em ATUNWÁ (reencarnação), ou seja, no renascimento dentro da mesma família a qual pertencia, retornando em um dos seus descendentes. Porém para nós os Màrìwò, há uma maneira diferente de ver esta questão, pois entendemos que os "Omò Bibi(Bem Nascidos)" 'iniciados' neste Culto não 'reencarnarão', pois no ato de sua confirmação e segundo nossos dogmas, temos uma trajetória diferenciada, pois ao falecermos, tornamo-nos 'Ancestrais Ilustres' Ará Orun Kinkin ou como se diz aqui no Brasil, Bàbá Egún, isto claro, segundo nossos méritos neste mundo. Então, compreende-se que nossa energia(essência), ao se desprender da matéria que a envolve será agregada às outras já pré-existentes no panteão dos 'Ancestrais Divinizados' desta ou daquela família ou mesmo Egbé. A participação da mulher no Culto: Em contraste com o que se pratica na diáspora brasileira, na Tradição Indígena Nigeriana e também na Beninense, acreditamos que todos, independentes de sexo, têm o poder e a habilidade de se comunicar com aqueles que passaram além dessa vida, tendo a mulher enquanto Ìyágan ou Ìyálasé, papel fundamental nos ritos iniciáticos, já que a mesma é a manifestação viva da presença de Omulale ou Alale, a Mãe Terra. Assim sendo, entendemos que a mulher possui um papel preponderante no Culto. Dizia-se, até muito pouco atrás, que mulheres não participam do Culto a Bàbá Egún, mas podemos perceber, em um dos mais variados Orikis - Ewi - Esa justamente o contrário: - A mulher que conhece o segredo, não deve revela-lo. O homem que conhece o segredo, não deve revela-lo. Eles não devem abrir a boca. Eles não devem falar. Chegou Egúngún, que venerando seus Ancestrais afasta a pobreza e a doença, estamos venerando nosso pai, esse tempo nos será favorável. ( * ). - Sem a força fecundadora feminina a força fecundadora masculina não poderia gerar descendência. Acho que seria importante avaliar e pesquisar melhor esta questão, pois a teoria na prática é outra. Por ser um assunto controverso, merece uma avaliação mais aprofundada por parte dos pesquisadores. O Káábá [Isan] e o Oré Àtòrì Fínfín O OBJÉTO RITUAL KÁÁBÁ [ISAN] NOS DEMONSTRA QUE A "UNIÃO" É O CAMINHO. SENDO ESTA, PARTE DO QUE REPRESENTA ESTE OBJETO MAGNÍFICO! A "UNIÃO" DO REBANHO FAZ O LEÃO IR DORMIR COM FOME. OU SEJA, NOSSA FORÇA É NOSSA "UNIÃO". Na verdade há uma pequena confusão no Culto Ancestral da diáspora brasileira, a longa, flexível, e resistente vara utilizada no Ritual dos Ancestrais Divinizados denomina-se Àtòrí, na verdade seu nome é "Òrè Èwòò", Esta é uma planta hermafrodita, que cresce até 2,5 mt de altura, textura parecida com a textura do couro, sendo ligeiramente brilhosa, com folhas Verde-escuras, na parte superior; e verde-pálido na parte inferior. Suas flores possuem a parte externa verde pálida, e são amarelas na parte interna, já suas pétalas e estames são amarelos. Sua utilização se dá tanto em África quanto na diáspora brasileira dentro do Culto Ancestral, porém com conotações diferentes. O Àtòrí (Glyphaea brevis (Sprengel) Monachino - família das "Tiliáceas") é utilizado semi-descascado em forma espiralada na Tradição africana, e tem um papel de ligação entre o Olojé e o Ancestre, enquanto que o ISAN pequeno feixe de certa árvore, com determinado numero de unidades tem uma simbologia profunda representando as nove famílias iniciais bem como a unidade perdida. O Itan que transcrevemos a seguir nos demonstra a importância fundamental deste objeto sacro dentro do Culto Ancestral. É história corrente em Ouidah(Benin), que foi Olokonso Alapini proveniente de Oyo quem levou o Culto a Bàbá Egún aos Fon. Conta-se que o Roi du Benin(Rei do Benin) não acreditava na existência dos Egúngún, e por mais que insistisse o Alapini não obtinha sucesso em convencer o dito rei de que através do segredo da Roupa ou da roupa do segredo se podia mesmo trazer a sua presença seus antepassados. Passado muito tempo e devido à insistência do olopa, foi determinado que este sacerdote ancestral provasse o que dizia diante do Rei, claro que o awò concordou e imediatamente pediu os "ingredientes" necessários para realizar o ritual, bem como solicitou um local "reservado" para guardar estes ingredientes, e que estes deveriam ser lá trancados até a dia seguinte, ao que foi prontamente atendido. Tendo recebido os itens pedidos (carneiros, galos, galinhas, akara, obí etc...), estes foram guardados e vigiados até o dia seguinte, como pediu o awò. Chegado o outro dia, o Alapini dirigiu-se ao "Quarto do Segredo", parou frente à entrada, umedeceu e propiciou a terra, proferindo em seguida seus Orikis e Aduras, em ato contínuo golpearam a terra por três vezes consecutivas. No quarto do awò, que permanecia fechado, ouve-se um grito gutural e inarticulado, pois o Ancestre se fez presente, momentos depois abriu-se a porta, e veio ele visitar sua descendência real. Ao deparar-se com seu Antepassado retornado através da Roupa do Segredo, o rei emocionado o reconheceu, e determinou que desta feita em diante se instalasse o Culto aos Bàbá Egún no Benin. Más infelizmente ou felizmente a história continua, pois os filhos de Olokonso Alapini não se davam bem, e quando este veio a falecer, seu isàn foi entregue a seu amigo Orogbomba, para que este o entregasse ao novo ALAPINI eleito, más devido ao desacordo motivado pelo interesse e ganância de seus descendentes, este objeto permaneceu em poder do próprio Orogbomba, "desaparecendo" após sua morte. O de Isan, é um importantíssimo "objeto ritual" com que se evoca e invoca um Ancestral, além do que, é ele que dá o nome aos neófitos em nosso Culto. Como podemos notar não é um modernismo, e sim, Tradição Indígena Africana sendo resgatada, e devidamente corroborada pelo fragmento do Itan Ifá descrito anteriormente. Ele evoca a força através da União, afinal somados, somos "um" com o todo, e é exatamente a União Ancestral o que representa este sagrado objeto ritual que estava obscurecido. O que há sob as roupas dos Bàbá Egún? Quando me questionam o que há sob as vestes dos Bàbá Egún, costumo dizer que há um Ancestral divinizado. O que vem a ser isso, somente os iniciados sabem haja vista que isso sim é awò. Porém preocupam-se com o que há sob a "roupa", quando o importante mesmo é a "simbologia da roupa", infelizmente algumas pessoas não compreendem que é exatamente esta simbologia intrínseca ao Eku Ancestral que propicia aos Màrìwò transcender a morte. E é exatamente aí que esta o fator primordial, pois se o Sacerdote se der ao trabalho de esclarecer o leigo, dando-lhe uma resposta equilibrada e coerente, este certamente passara a observar o que se diz com mais propriedade e respeito, pois acabara por compreender o que se faz e o por que se faz. Na simbologia da roupa dos Ancestrais Masculinos, os Egúngún" estão expressos todos os mistérios da transformação de um ser (Ará Aiyè) deste-mundo num ser-do-além (Ará Orun), de sua convocação e de sua presença no Aiyè (o mundo dos vivos). Esse mistério (Awò) constitui o aspecto mais importante do Culto. Como claramente nos demonstra a Orin: " GÉGÉ ORÒ ASÓ LA RI,LA RI, LA RÍ GÉGÉ ORÒ ASÓ LÈMON,AKO MO BÀBÁ!" OJÚ EGÚNGÚN OU OS OLHOS DE EGÚNGÚN? É um Oráculo utilizado pelos Màrìwò Egúngún, trazendo respostas concretas "sim" ou "não" diretamente da Ancestralidade a sua descendência. É a forma de se "apurar" sem "perguntar". Egúngún responde nossas perguntas através de movimentos do mesmo, e este Oráculo é uma espécie de pêndulo. Hoje, a Radiestesia já é uma ciência conhecida e bastante usada, mas os antigos já conheciam este método de comunicação. Porém, há a diferença do Ojú Egúngún para o pêndulo comum. No primeiro, há a presença de Bàbá Egún respondendo. Já no segundo caso, existe um fenômeno anímico, onde as respostas podem ser dadas pela própria mente inconsciente de quem pergunta, uma vez que o inconsciente é coletivo e "sabe" tudo. O que vem a ser Gbobaniyin? O significado literal de Gbobaniyin, é "o rei deve ser honrado", tratasse de uma Oògùn, medicina tradicional yorùbá, utilizada no culto a Bàbá Egún. Sabemos que a Ancestralidade é algo concreto e que ao cultuarmos a mesma, abrimos um leque de possibilidades e um constante ciclo de renovações de nossas energias, uma vez que a manifestação energética do culto se encontra em constante movimento. Uma vez entendido a essência dessa energia, podemos nos aprofundar um pouco no que vem a ser realmente Gbobaniyin: Tradicionalmente a economia yorùbá era voltada para a agricultura, a caça, a pesca e o mercado... Sendo assim, devido às variações climáticas, como o calor intenso, a falta de chuva que muitas vezes promovia a seca e invibializava o plantio ou mesmo as fortes pancadas de chuva em determinadas épocas do ano eram fatores determinantes para que houvessem sérios problemas e com isso uma constante desestabilidade econômica... E sabido por todos que o Culto a Egúngún tradicional, possui um Osaniyin especifico, conhecido como Oriki Isi. Os sacerdotes iniciados em seus fundamentos, conhecidos em algumas partes como Olojes bi ewé, em outras como Oloriki agba, em outras ainda como Isi ni Ewé, possuem um conhecimento avançado da pratica na magia e medicina tradicional. Sendo o Culto a Bàbá Egún, em muitos territórios yorùbás, de suma importância, uma vez que os africanos acreditam que um ser-humano sem a proteção e o auxílio de seus Ancestrais e o mesmo que uma arvore sem raiz, esses sacerdotes estavam sempre em constante contato com os antigos Obás, e por isso foi desenvolvido uma medicina que, sendo utilizada nas épocas de maiores variações climáticas, minimizassem os danos, contribuindo assim para o restabelecimento da ordem, evitando que a conduta ou a capacidade do rei fosse posta em dúvida. Lésse Egún, Lésse Òrìsà: (Oto Egún x Oto Òrìsà) Diferentemente do que se costuma praticar em alguns locais da diáspora brasileira, na Nigéria e no Benin, os Cultos interagem juntos, são partes de um todo e a verdade maior disso tudo esta na Igbá Odu, ou Cabaça da Existência, representando os dois espaços, Céu e terra, Orun e Aye e as divindades e manifestações energéticas que interagem em conjunto. Assim sendo não se deve diferenciar, nem segregar o Culto a Ancestralidade, do Culto as Forças Vivas da Natureza, os Òrìsàs. Esta crença de que as Forças Vivas da Natureza são Antagônicas a Ancestralidade, não procedem. A Ancestralidade é raiz, portanto faz parte da construção de nossa própria existência, haja vista que somos o resultado prático desse somatório. Não estar ligado a sua Ancestralidade, em nossa modesta opinião, é não estar ligado á sua raiz. As obras já publicadas sobre op assunto deveriam ser mais bem compreendidas, afinal não há divisões, pois nos é inconcebível uma árvore sem raiz, e além do mais Ancestral e Òrìsà não possuem fronteiras. Todos eles habitam em nosso Orí, e são interligados e se complementam. O que deve mesmo ser observado é que Òrìsà tem um campo de ação e Ancestral outro, somente isso, más os dois se locupletam sempre, para que se possa ter uma existência equilibrada, e que se possa cumprir nosso destino neste plano. Infelizmente ainda há um engano muito comum na interpretação de que onde há Òrìsà, não pode haver Bàbá Egún, porém lembro que a maioria confunde Oku Orun com Bàbá Egún e são duas coisas diferentes. Por que há espelhos nas roupas de Bàbá Egún? Ao levantar-me todas as manhãs travo uma batalha com meu pior inimigo, ou seja, eu mesmo. Ao defrontar-me com o espelho, sou obrigado a encarar meus piores pesadelos ou meus mais belos sonhos. Tudo dependerá da forma com que me porto diante de minha Iwa(existência), os Ancestrais são os Guerreiros imortais, guardiões de nossas Tradições e Religião, em última análise são a soma de todos aqueles que vieram antes de mim, e isso se traduz na simbologia da roupa do segredo. Roupa esta que permite um contato direto entre seus entes queridos, e a descendência deles neste plano, os espelhos são um adorno geralmente encontrados na diáspora brasileira, pois em áfrica não há costumeiramente este uso pelo que saiba. As simbologias africanas e brasileiras são quase iguais, porém podemos afirmar que sua finalidade é a mesma, transcender Ikú, daí sua fundamental importância em nosso Culto, seja na costa ou aqui no Brasil. Finalizo dizendo que sua confecção é uma magia de tal magnitude, que mesmo os iniciados mais novos desconhecem o seu processo de preparo. Os Ancestrais de nossa Ilè Awò possuem traços das duas culturas e também seus simbolismos, haja vista encontrar o Isan preso à roupa dos nossos velhos, assim como o Atoori(Isan) por nós utilizado, é esculpido em espiral demonstrando simbolicamente o movimento trazido as nossas vidas pelo Culto Ancestral. Enfim, os espelhos da roupa refletem aquilo que somos, uns temem, já outros se regozijam. Más é bom lembrar que sempre há mais a ser realmente conhecido, e que o todo jamais será visto em web irmão. Lembro-me também de um determinado Itan Ifá onde se travou uma batalha, e espelhos foram usados para refletir a imagem dos oponentes. Num primeiro nível, a reflexão sobre o espelho sempre será um questionamento do ego sobre si mesmo. Já numa observação mais Religiosa, podemos dizer que eles são dispostos na Roupa Ancestral para que Ikú se mire neles e corra assustada com sua própria imagem. E assim podemos compreender por que ela é a Magia que vence a morte. Finalmente assim compreendo e assim pratico, sei que não existe um pensar único, nem uma única verdade, porém se todos trilharmos o caminho do respeito às particularidades de cada um, certamente encontraremos mais afinidades que diferenças. Awure awa!

Ewé Apìkán- Datura metel (Trombeteira Roxa)



Planta arbustiva, que não ultrapassa um metro e meio de altura, originária dos continentes africano e asiático. É extremamente tóxica e possui a utilização restrita dentro do culto aos orixás nas casas de Candomblé. Segundo alguns, deve-se ter muito cuidado ao coletá-la, sendo uma tarefa restrita para poucos iniciados. É por diversas vezes citada por Verger em trabalhos para prejudicar alguém. Como diversas plantas venenosas, está ligada a Esú e Ossaiyn.

OYÁ TOPÉ

O culto a Topé é yorubá, sendo ela a própria combustáo, ou seja, o encontro do atrito com o vento, que dá origem ao fogo, Topé é aquela que caminha com Esú, Xangô e Ogum. Suas cores são, marrom e vermelho, carrega adaga de cobre enfeitada de pedras vermelhas.
Oyá Topé e Inà

Por onde Esú Inà passava, deixava um rastro de destruição, pois tudo pegava fogo, as pessoas tinham muito medo dele, e por isso ele exercia certo poder, contudo Iná queria dividir uma mesa, falar com as pessoas, sem que tivesse que atear fogo nas coisas, sendo que Inà nasceu do encontro do trovão com a terra, ele foi pedir conselho a Xangô, sobre o que fazer, então foi aconselhado a procurar ifá, que disse:

- Inà, enquanto houve ar, existirá fogo, vá à busca de quem controla o vento, ao norte existe uma jovem feiticeira que tem o poder de mudar as correntes de ar, invocar os tufões e controla o fogo, o nome dela é Topé.

- Mas como vou encontrá-la? Disse Iná

- Após o grande lago, existe uma montanha de dois picos, sua até o momento onde elas se dividem lá onde o vento faz curva e o eco te engana. Só lembre-se de levar um pote com dendê para presentea-la.

Assim Esú foi à busca da tal moça de poderes miraculosos, andou, andou até que encontrou a tal montanha, como a terra era seca, seu fogo nada queimava apenas os bichos que dele fugia. Chegando onde Ifá disse, ele gritou por Topé e seu eco por nove vezes se repetiu. Então surgiu ela, envolta de pele de búfalo e tecidos vermelhos, da cor do fogo. Inà tratou logo de se apresentar e pedir ajuda, ela então olhou bem para ele, e disse que o ajudaria, mas em troca ele teria que dá a ela o poder sobre a chama e assim fizeram um acordo.

Topé demorou meses para confeccionando algo que ela mantinha em segredo, até que um belo dia, ela acordou Inà com uma pele aos braços, enfeitada de búzios, negra, e jogou em cima dele, no mesmo momento seu fogo se apagou, e ela repetindo o que Ifá disse, explicou que se abafasse seu corpo ele pararia de emanar chamar, feliz por poder controlar seu poder, ele cortou um pedaço da própria pele e jogou no pote que havia trazido com dendê, e no mesmo momento a chama e o vento desenhou um tufão de fogo.

ASÉ, HELEN LISBOA.

SUPERTIÇOES AFRICANAS - Egungun, ORO, abiku e superstições VÁRIOS.

Egungum

Egungum realmente significa "osso", "esqueleto", portanto, e Egungun se é suposto ser um homem ressuscitou dentre os mortos. A peça é encenada por um homem disfarçado com uma túnica longa, geralmente feito de grama, e uma máscara de madeira, que geralmente representa um rosto humano horrível, com um longo nariz pontudo e lábios finos, mas às vezes a cabeça de um animal.

Egungun aparece nas ruas de dia ou de noite, indiferentemente, pulando, dançando ou caminhando grotescamente, e proferindo gritos. Ele deveria ter retornado da terra dos mortos, a fim de verificar o que está acontecendo na terra dos vivos, e sua função é para levar as pessoas que são problemáticos para os seus vizinhos. Ele pode, portanto, ser considerado uma espécie de supernatitral inquisidor que aparece de vez em quando para investigar a conduta doméstica geral das pessoas, especialmente das mulheres, e para punir delitos. Embora seja bem conhecido que Egungun é apenas um homem disfarçado, mas é popularmente acreditava que para tocá-lo, mesmo por acidente, causa a morte.

A multidão está sempre assistindo round, a uma distância respeitosa, as cabriolas de um Egungun, e uma das principais diversões do performer é correr subitamente para os espectadores, que voam diante dele em todas as direções em grande desordem, para evitar o fatal tocar. Para levantar a mão contra Egungun é punido com a morte, e as mulheres são proibidas, sob pena de morte, a rir para ele, falar depreciativamente sobre ele, ou dizer que ele não é aquele que ressuscitou dentre os mortos. "Que Egungun cortá-lo em pedaços", é uma imprecação ouvido muitas vezes.

Egungun é assim nos dias de hoje uma espécie de "bogey", ou faz-de-demônio, cujo negócio principal é para assustar Termagants, intrometidos, scandalmongers, e outros, mas parece provável que, originalmente, ele foi considerado como a encarnação dos mortos e que todo o costume está conectado com manes-adoração. Em junho, há uma festa anual para Egungun duração de sete dias, durante os quais as lamentações são feitas para aqueles que morreram nos últimos anos. É uma espécie de All-Souls festival, e assemelha-se a Affirah-bi festival das tribos tshi, descrito no primeiro volume desta série. [1] Além disso, Egungun também aparece em conexão com cerimônias fúnebres. Poucos dias após o funeral de um Egungun, acompanhado por homens mascarados e disfarçado, desfila pelas ruas da cidade à noite, e, como no Roman conclainatio , convida o falecido em voz alta pelo nome. Uma multidão supersticiosa e meio assustado segue, para ouvir qualquer resposta que pode ser dada aos gritos estranhos de

o Egungun. Poucos dias depois, o Egungun, mais uma vez acompanhado de vários seguidores, prossegue para a casa em que a morte ocorreu, e traz para a notícia de parentes do falecido, geralmente, que ele chegou em Deadland segurança, e é muito bem. No retorno para a boa notícia o conjunto familiar de alimentos, rum, e palma-vinho em um quarto da casa, e convidando o Egungun para participar do mesmo, aposentar-se, para ver Egungun comer é a morte. Quando Egungun e seus seguidores ter consumido tudo alto gemidos são ouvidos a emitir a partir do quarto, e, sendo este um sinal de que se está prestes a partir, a família reentrar e confiar-lhe mensagens para o falecido.

Uma grande proporção dos escravos desembarcaram em Serra Leoa, no início do presente século, a partir de navios de escravos que tinham sido capturados por cruzadores britânicos, eram iorubás e seus descendentes cristãos preservaram a prática de Egungun, que pode ser visto realização de suas travessuras nas ruas de Freetown. Há, no entanto, seu disfarce é menos elaborado do que no país de Yoruba, e ele aparece em uma longa túnica de algodão de impressão, com um pedaço de pano, com aberturas para os olhos, cobrindo o rosto e cabeça. Espectadores em breve reunir em volta dele, e no entanto, se perguntados, eles vão te dizer que ele é apenas "jogar", muitos deles são meio duvidoso, e sempre que o Egungun faz uma corrida para a frente da multidão foge antes de ele escapar de seu toque.

ORO.

A palavra Oro significa ferocidade, tempestade, ou provocação, eo próprio Oro parece ser personificada poder executivo.

Oro é suposto a assombrar a floresta na vizinhança de cidades, e ele faz sua abordagem conhecida por um estranho, zumbido, barulho estrondoso. Assim que isso for ouvido, todas as mulheres devem se trancam em suas casas, e abster-se de olhar para fora, sob pena de morte. A voz de Oro é produzido pela girando em volta e em volta de uma fina tira de madeira, cerca de 21/2 polegadas de largura, 12 centímetros de comprimento, e afinando em ambas as extremidades, que é preso a um pedaço de pau por uma longa corda. É, de fato, o instrumento conhecido por garotos ingleses como o "touro-roarer", e que o Sr. Andrew Lang demonstrou ter sido usado nos mistérios da Grécia Antiga, Austrália, Novo México, Nova Zelândia e África do Sul. [1]. Nenhuma mulher pode ver o "Bullroarer" e vivem, e todas as mulheres são obrigadas, sob pena de morte, para dizer que eles acreditam Oro para ser um orixá poderoso, e agir de acordo com essa crença.

Em país iorubá Oro é manipulado pela Sociedade Ogboni. Os criminosos condenados à morte são dadas às vezes para Oro, caso em que eles são normalmente nunca mais foi visto, mas suas roupas são mostrados enredada nos galhos de uma árvore nobre, onde Oro é dito ter deixado quando voando pelo ar. Nesse caso Oro disse ter devorado os corpos. Às vezes, porém, o corpo sem cabeça do criminoso é descoberto na floresta nos arredores da cidade, mas ninguém tem permissão para enterrá-lo. Ao contrário de Egungun, Oro só aparece em seus dias de festa, ou, para usar a expressão nativa, quando uma cidade tem um


Oro-dia. A voz de Oro ouvido de manhã à noite, e todas as mulheres estão estreitamente confinados em suas casas, enquanto o próprio Oro, em um longo roupão pendurado com conchas, e uma máscara de madeira pintada de branco, com os lábios manchados de sangue, desfila na cidade com um numeroso seguinte.

Em Ondo há um festival anual de Oro, chamado Oro Doko. Tem a duração de três meses lunares, e todas as mulheres nona dav são obrigados a permanecer dentro de suas casas desde o amanhecer até o meio-dia, enquanto o desfile de homens nas ruas, girando zunidor, dançando, cantando e batendo druims e matar todos os cães vadios e aves , em que depois tbev festa. A grande pedra de granito, cailed Olumo, no cume de uma colina em Abeokuta, é sagrado para Oro, e ninguém pode subir-lo.

Assim como Egungun agora é usado para fins sociais, e para preservar a ordem na vida privada, por isso é Oro usado para fins políticos, para preservar a ordem no communitv em geral, ainda, a partir de. a analogia de outros povos, e do fato de que é a morte de uma mulher para ver o instrumento que produz a voz de Oro, não pode haver dúvida de que originalmente Oro foi o espírito que presidiu à celebração dos mistérios masculinos, como encontram-se entre os Kurnai da Austrália, e ele talvez tenha sido desviado de sua finalidade adequada, a influência da Ogboni.

Abiku.

Abiku, abi ", que possui iku "," morte ", portanto," predestinado a morte "é uma palavra usada para significar os espíritos de crianças que morrem antes de atingir a puberdade, e também uma classe de espíritos malignos que causam a morte de crianças , uma criança que morre antes de 12 anos de idade que está sendo chamado de abiku, eo espírito, ou espíritos, que causou a morte a ser também chamado de abiku.

A idéia geral parece ser que as vias desabitadas do país estão repletas de números de espíritos ou demônios do mal, que sofrem de fome, sede e frio, já que ninguém oferece o sacrifício para eles e eles não têm templos, e que estão constantemente se esforçando para melhorar sua condição, inserindo os corpos de bebês recém-nascidos. Apenas um abiku pode entrar e habitar no corpo da mesma criança, e, como não há grande concorrência entre os Abikus para tal posição, uma abiku só é sofrida por seus companheiros para entrar pacificamente, e, de fato, a ser reconhecido como tendo direitos adquiridos em uma criança, com a condição de sua prometendo-lhes uma parte dos confortos que ele está prestes a obter.

Quando um abiku entrou uma criança que leva para seu próprio uso, e para o uso de seus companheiros, a maior parte dos alimentos que a criança come, que em conseqüência começa a definhar e tornar-se magro. Se um abiku que tinha entrado uma criança não eram obrigados a suprir as necessidades de outros Abikus que não tinham conseguido obter cortiços humanos, sem grandes danos iria acontecer, já que o sustento tomadas poderiam ser feitas suficiente tanto para a criança e seu inquilino. É as demandas incessantes que são feitas pelos Abikus fome lá fora, e que a habitação abiku tem de satisfazer, que destroem a criança, para toda a sua comida é insuficiente para as suas necessidades. Quando uma criança é mal-humorado e rabugento, acredita-se que os Abikus fora estão machucando a fim de tornar a habitação abiku dar-lhes mais para comer, pois tudo que é feito para a criança é sentida por sua abiku. A habitação abiku é assim, em grande medida, identificada com o próprio filho, e é possível que toda a superstição pode ser uma corrupção da crença Gold Coast na sisa [1].

Uma mãe que vê seu filho gradualmente definhando sem causa aparente, conclui que um abiku entrou, ou, como os nativos freqüentemente expressá-lo, que ela deu à luz um abiku, e que ele está sendo fome porque o abiku é roubar toda a sua alimentação. Para se livrar da habitação abiku, e seus companheiros de fora, a mãe ansiosa oferece um sacrifício de alimentos, e enquanto os Abikus devem ser devorar a parte espiritual do alimento, e para ter sua atenção desviada, ela atribui argolas de ferro e pequenos sinos aos tornozelos da criança, e pendura correntes de ferro em volta do pescoço. O tilintar do ferro e do tilintar dos sinos é suposto para manter os Abikus à distância, portanto, o número de crianças que estão para ser visto com os pés pesados com ornamentos de ferro.

Às vezes a criança recupera a sua saúde, e é então acredita que este procedimento tem sido eficaz, e que as Abikus foram expulsos. Se, no entanto, nenhuma melhoria acontece, ou que a criança cresce, pior, a mãe tenta expulsar o abiku, fazendo pequenas incisões no corpo da criança, e colocando pimentas verdes nele ou especiarias,


acreditando que ela vai, assim, causar dor ao abiku e fazê-lo partir. A pobre criança grita de dor, mas a mãe endurece seu coração, na crença de que o abiku está sofrendo da mesma forma.

Se a criança morrer é, se enterrado em tudo, enterrado sem qualquer cerimônia funeral, além das delegacias da cidade ou vila, no mato, a maioria dos outros enterros sendo realizados nos pisos dos dwellinghouses. Muitas vezes, o cadáver é simplesmente jogado no mato, para punir o abiku, dizem os nativos. Às vezes, uma mãe, para deter o abiku que destruiu seu filho de entrar no corpo de outra criança que ela pode suportar, no futuro, vai bater, libra, e mutilar o pequeno cadáver, enquanto ameaçando e invocando todo o mal sobre a abiku que tem causou a calamidade. A habitação, abiku é acreditado para sentir os golpes e feridas infligidas ao corpo, para ouvir e ser aterrorizado com as ameaças e maldições.

Árvore-ESPÍRITOS.

Diversas variedades de árvores são acreditados para ser habitado por espíritos residente, que não são exatamente deuses, mas responder mais às Hama-dryads da Grécia Antiga, ou para os elfos da Europa medieval. A partir da analogia das tribos tshi há pouca dúvida de que esses árvore-espíritos eram deuses do tipo Srahmantin, ou seja , do tipo daqueles que na Gold Coast são acreditados para animar as árvores de seda, algodão gigantescas, mas agora , devido ao grande aumento no número de objetos gerais de culto, o que torna a propiciação do objeto local uma questão de menor importância, têm sido despojada de uma grande quantidade de seu poder, e empurrou mais para o fundo.

O Ashorin árvore é, aquele que é habitado por um espírito que, acredita-se, seria, se a sua atenção não foram desviados, afastar quem tentou derrubar a árvore. Por isso, o lenhador coloca um pouco de óleo de palma no chão, como uma isca, e quando o espírito deixa a árvore para lamber a delicadeza, passa a reduzir a sua morada final.

O Apa , freqüentemente chamado de mogno Africano, é habitado por um espírito maligno, e é comumente visto cercado com folhas de palmeiras, e com um pote de barro em seu pé para receber as ofertas de lenhadores. Acredita-se que emitem uma luz fosforescente a noite. A madeira dessa árvore é de alguma demanda para a construção de tambores, que são cilindros ocos de madeira cobertos com couro em uma das extremidades, mas antes que ele possa estar fora até o espírito deve ser propiciada por uma oferenda, geralmente composto de uma ave e alguns óleo de palma. O Apa é o emblema da vingança.

O Iroko (paineira) também é habitado por um espírito, mas não é muito poderoso ou mal-intencionado, e quando um homem deseja caiu como uma árvore é proteção suficiente para ele para invocar o espírito residente de sua própria cabeça, esfregando um pouco de óleo de palma na testa. O Iroko é usado principalmente para a construção, de onde provavelmente se trata de ser o emblema de refúgio.

Um provérbio, referindo-se aos riscos de um homem é executado no corte de árvores habitadas por espíritos, diz: "O machado que corta a árvore não tem medo, mas o lenhador cobre sua cabeça com etu "(um pó mágico).

Esses costumes podem ser comparados com os dos modernos gregos de Siphinos, uma das Cíclades. Mr. Bent diz [1] que, quando os lenhadores tem que cortar uma árvore supõem a ser habitado por um espírito (hamadryad), eles são extremamente cuidadoso quando cai a prostrar-se humildemente e em silêncio, para que o espírito deve castigá-los como ele escapa. Cato também [2] instrui um lenhador que, a fim de escapar das conseqüências da queda de um bosque sagrado, ele deve sacrificar um porco, e pedir permissão para diluir o bosque, a fim de conter o seu crescimento excessivo.

Como é o caso entre as tribos da ovelha da Costa dos Escravos, bruxos e bruxas são pelo Yorubas acreditado para realizar meetinus noturnas ao pé das árvores alugados por espíritos, mais especialmente o Apa , cujo espírito habita é acreditado para auxiliá-los em suas práticas ilícitas . Aqui, também, a coruja aparece novamente, mas agora, em vez de a ave ser o mensageiro ou agente do espírito da árvore, é o assistente ( Aje ) a si mesmo, que se metamorfoseia em uma coruja e prossegue na missão da morte.

Bruxaria é, nas mentes dos nativos, a principal causa de doença e morte. Eles não podem, eles pensam, atribuem esses males aos deuses, a não ser que ocorram, de alguma forma especial a um deus, como, por exemplo, quando um homem é atingido por um raio, caso em que o evento seria atribuída a Xangô-ou contratos varíola, quando a doença seriam atribuídos a Shanpanna, porque são muito cuidadosos em manter boas relações com os deuses, por escrupulosamente

observando seus deveres religiosos. Eles, consequentemente, atribuir a doença ea morte, excepto morte resultante de lesão ou violência, para as pessoas que têm para fins ruins recorreu aos serviços de espíritos malignos, ou seja, para bruxos e bruxas. As bruxas são mais comuns do que assistentes, e aqui, como no resto do mundo, é a mais antiga e mais terrível do seu sexo, que são acusados do crime.

Propriamente falando, uma pessoa acusada de bruxaria deve ser submetido a julgamento por ordálio, e depois, se for considerado culpado, imediatamente executado, mas o povo animado, cheio de terror supersticioso, muitas vezes age sem esperar pela prova, e coloca o acusado à morte sem julgamento. Curiosamente, o fenômeno que tão freqüentemente ocorreu na Inglaterra, quando a crença na feitiçaria era um artigo de fé, aparece aqui também, e as mulheres de idade, acusadas de serem bruxas, muitas vezes reconhecer que eles são, e cobrar-se com as mortes que podem ocorreram recentemente na comunidade.

Amuletos e encantos ( Onde ) são numerosos e de vários tipos. Alguns, como o vo-sesao das tribos ovelha, são realmente os crachás de deuses diferentes, como a AJUDE , ou bracelete de ferro usado por caçadores, que são os servos de Ogum, deus do ferro, e não possuem a virtude de si mesmo, sendo apenas útil como servir para lembrar os deuses que os usuários estão sob a sua proteção. Outros são amuletos próprios, e acredita-se derivar um poder protetor dos deuses, a quem eles têm, através da agência dos sacerdotes, foi obtida. Amuletos são geralmente costurado em casos de couro, aqueles obtidos a partir de muçulmanos, e que geralmente consistem de um verso do Alcorão, sempre são.

O nome Onde significa "em cativeiro", e é composta de eni ", uma pessoa", ou "quem", e ide ", o ato de ser confinado." Este nome parece apontar para a existência anterior de uma crença semelhante ao que agora detidas pelos tshi-tribos em relação ao Suhman , ou seja, que o amuleto é animado por um espírito residente, que foi aí confinado por um poder superior. No momento, no entanto, o Onde não pode ser considerada de modo algum como sendo animado, ou um orixá. Orações nunca são dirigidas a ele, nem são ofertas que lhe são apresentados, é apenas o instrumento ou veículo através do qual o Deus de quem ele foi obtido atos e, por meio dos quais os eventos que afetam o portador do Onde são levadas ao conhecimento do deus.

Um Onde para a protecção da pessoa é usado no corpo, sendo amarrada em torno do pulso, pescoço ou do tornozelo, ou colocado no cabelo. Outros, para a protecção da propriedade, estão presos às casas, ou vinculados a varas e tocos de árvores em parcelas cultivadas de terra. Em consequência da sua amarrado para a pessoa ou o objeto que eles protegem, a palavra edi , o que realmente significa o ato de subordinação ou vinculação, tem agora o significado de amuleto ou encanto, assim como na ovelha a palavra vo-SESA (amuleto) é derivado de vo e SA , para amarrar ou ligar. Outra palavra às vezes usado para expressar amuleto é Ogum , que, no entanto, significa mais propriamente preparação medicinal, veneno ou droga mágica.

A seguir estão alguns exemplos de superstições atuais.

(1) A pele do choro , uma espécie de lebre, é um charme que protege a casa do fogo.

(2) A casa fumigados com a casca da Crun árvore é removida de espíritos malignos e, conseqüentemente, de doença. Carvão vegetal feito a partir da madeira desta árvore é largelyused como um medicamento.

(3) pó feito das folhas da planta sensível, é um charme para fazer os internos de uma casa cair em um sono profundo, e é usado por ladrões.

(4) Para matar um ajako , uma espécie de chacal, traz infortúnio sobre o assassino. Um provérbio diz: "Aquele que mata um ajako irá sofrer por isso. "

(5) A congregação de urubus denota guerra iminente. Estas aves atacam os mortos, e assim, por uma inversão de idéias, devem provocar a guerra.

(6) Para quebrar os ossos do guindaste chamado agufon causas calamidade.

(7) Quem toca o ninho do pássaro chamado ogarodo vai morrer.

O Yorubas têm as mesmas superstições em relação à gralha, porco, tartaruga e gato selvagem (ogboya) assim como as tribos ovelha. [1]

Por país-custom não Yoruba pode ordenhar uma vaca, e em vacas, subsequentemente, estão sempre tendeu por escravos foreignborn, geralmente Fulani.

Encontramos um exemplo curioso da maneira pela qual conexão objetiva e subjetiva são confundidos na expressão, Abede ni ti okira - "Right through é o corte do peixe-espada." Este provérbio é usado como um amuleto pelos guerreiros, e acredita-se garantir o sucesso,

porque supõe-se que o peixe-espada ( okira ) cortes em dois todos os seus inimigos no mar.

O Yorubas tem uma superstição que tem pontos próximos da semelhança com o "changeling" superstição do Norte da Europa. Ele é conhecido em muitos contos folk-lore, eo que se segue é um exemplo.

"Não morava em Otta" (uma aldeia no rio Ibo, que é um afluente do Ogun) "uma mulher chamada Bola, que tinha uma criança do sexo masculino. Quando a criança era pequena, a mãe levou-o em suas costas quando ela foi mercado, mas, quando ele tornou-se cerca de nove meses de idade que ela usou para deitá-lo em uma esteira em sua casa, apertar a porta e ir ao mercado sozinha. Após isso sempre aconteceu que, quando voltou do mercado, ela descobriu que tudo a comida que ela tinha deixado em casa tinha desaparecido. Isto parecia-lhe muito estranho, e ela suspeitou a princípio, seus vizinhos, mas ela sempre encontrou o intocado doorfastening, e era incapaz de entender o mistério.

"Um dia, um vizinho veio até ela e disse: 'Eu estou indo ao mercado no Orichi amanhã de manhã cedo, e, portanto, deve pedir-lhe para me devolver o colar de búzios que você enviou o seu menino tomar emprestado de mim.' Bola, muito espantado, declarou que havia emprestado sem búzios da mulher, e tinha enviado ninguém para ela, mas o vizinho insistiu que o filho de Bola tinha chegado a ela, e havia emprestado uma série de búzios, em nome de sua mãe. "Venha, então", disse Bola ', e ver o meu filho. "

"As duas mulheres entraram na casa onde a criança estava dormindo em sua cama." Você vê-lo ", disse Bola ', lá está ele, dormindo. Você não vê que ser ainda muito jovem, para andar? Como, então, poderia ele vir até você? E como ele poderia pedir-lhe búzios, vendo que ele ainda não pode falar?

"O vizinho olhou atentamente para a criança, e, em seguida, declarou solenemente que era realmente ele que tinha vindo para ela, mas que, quando ele chegou, ele era muito grande er que ele era agora, e tinha a aparência de uma criança de cerca de dez anos da idade. "Quando Bola, ouviu isso, ela era muito angustiado. Ela não podia duvidar da Palavra de sua vizinha, e ela temia que seu filho deve ser possuído por um espírito maligno. Ela pagou o vizinho a seqüência de búzios, e pediu-lhe para dizer, nada, então, quando o pai da criança entrou na casa, ela disse-lhe toda a história.

"O pai ea mãe decidiu procurar no mistério. O pai, portanto, cuidadosamente escondeu-se na casa, um dia, enquanto a mãe ea criança estavam fora. Então Bola voltou para a casa com a criança, colocá-lo para baixo do tapete , disse-lhe: "Durma bem, enquanto eu vou ao mercado," e, em seguida, saiu, e prendeu a porta como de costume.

"Mal tinha ido Bola, que o pai, de seu esconderijo, viu o bebê se levantar e começar a crescer até que ele se tornou um grande garoto. Então ele foi para as cabaças onde o alimento foi mantido, e estava começando a comer que, quando o pai saiu de seu esconderijo.

"Imediatamente a criança viu seu pai tornou-se um bebezinho de novo, e estava deitado no chão chorando. Ele estava possuído por um espírito. Sua mãe voltou, e vencê-lo para dirigir o espírito para fora, para que o espírito fugiu."

O paralelo entre este conto e as histórias changeling do norte da Europa está perto. Neste último caso, como na versão Yoruba, o changeling, enquanto na presença de sua mãe adotiva e outros, afeta a ser uma criança, mas joga fora seu disfarce tão logo ele imagina estar sozinho. Veja, por exemplo, o conto chamado "The Father of Dezoito Elves", em coleção de lendas islandesas de Arnason. [1] A única diferença, um dos mais importantes, é verdade, está na gênese do changeling. Na Europa, é uma criança élfica, que é substituído por uma criança humana roubada, mas aqui é a própria criança que é possuída por um espírito maligno, assim como um abiku possui uma criança, embora com resultados diferentes.

Encontramos também uma superstição que lembra a do lobisomem, para a hiena ( Kpelekpe ) muitas vezes é suposto ser um homem que assume que disfarce à noite, para saquear ovinos e bovinos, e, se a oportunidade se oferece, ao humano os seres. Tais homens-hienas se acredita ser capaz, por meio de certos uivos e gritos, para obrigar as pessoas a sair com eles na floresta escura para ser devorado. A crença semelhante é encontrada na Abissínia. [2] O estranho "rir" da hiena, e seus hábitos noturnos, não conta dúvida para esta superstição, assim como causas semelhantes levaram à coruja sendo universalmente considerado como uma ave de mau agouro .

A crença na metamorfose é universal, e não é


limitada a uma mudança para uma forma animal, desde que os homens e as mulheres às vezes são transformados em árvores, arbustos, pedras, ou recursos naturais. O arbusto Buje , cujo fruto é usado para manchar a pele em imitação de marcas de tatuagem, era um Yoruba belle de mesmo nome, que foi metamorfoseado. Sua história será encontrada entre as Histórias da tartaruga no capítulo sobre Folclore.

A lagoa Iyewa é também disse ter sido uma mulher. A história corre que uma mulher pobre, chamado Iyewa, teve dois filhos, a quem ela tinha uma dura luta para apoiar, mas ela usou todos os dias para ir com eles para a floresta para recolher lenha, que levava para a cidade e vendidos para alimento . Um dia, quando após sua ocupação habitual, ela e as crianças, encontrar madeira escasso, vagou ainda mais na floresta do que o habitual, e, quando chegou a hora de voltar, eles não puderam encontrar seu caminho para fora. Eles andaram lá e para cá procurando o caminho, mas em vão, e, finalmente, cansado fora e atormentado pela sede, eles se deitou para descansar debaixo de uma grande árvore. Este descansou seus membros, mas a sede aumentou, e as duas crianças encheu o bosque com suas lamentações, chorando para sua mãe para a água. A pobre mulher, meio distraído, pôs-se de pé, e novamente procurou em todas as direções para o caminho e para a água, mas sem sucesso, e quando finalmente voltou para os seus filhos, ela encontrou-os quase no último suspiro. Então, prostrando-se sobre a terra, ela chamou os deuses para vir em seu socorro e salvar seus filhos. Os deuses ouviu sua oração, e Iyewa foi imediatamente transformado em uma lagoa, em que as crianças bebiam e assim recuperado, enquanto que no dia seguinte eles foram encontrados por vizinhos que vieram em busca deles, e levado de volta para a cidade. Quando os filhos cresceram, eles construíram uma casa à beira da lagoa, o que, em memória de sua mãe, que chamaram Odo Iyewa, "A Lagoa de Iyewa".
oloje iku ike oranian