quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Ijimú

Ijimú mora nas profundezas dos rios junto com Yá Ominibú. Na África o orixá Oxum é originalmente da cidade de Ìjimu, sendo este mais um de seus epítetos que tornou-se no Brasil uma qualidade do orixá. Hoje temos uma riqueza de atos iniciatórios muito grande a respeito desse caminho, onde a cultuamos como um aspecto mais velho, a própria personalização do mistério e da sabedoria do fundo dos rios. Ijimú, ou Ijumú, carrega os segredos da cabaça de Yámin Osorongá, por isso muitos egbomis dizem que não é iniciada na cabeça de homem, não que seja errado, mas esse filho não irá poder exercer uma das funções principais do axé do seu santo, que é defender o poder ancestral feminino.
Ijimú e a Mãe do Povo Jejê
Ijúmu é ligada ao povo carijébe, ou como chamamos o povo de jejê, diz uma lenda Oxum Ijimú teve vários filhos, assim era mestra no cuidados as crianças, e acabou por se tornar responsável pelos nascimentos de seu povoado, ia de casa em casa, com o tempo sua fama cresceu, em um período que o reino de Nanã foi atacado por Ogum e seu povo teve que ir para a guerra, Nanã pediu a Ijimú que cuidasse das crianças de sua tribo, então ela os colocou em uma grande cabaça e os levou para o fundo do rio, até que a grande guerra acabasse, por seus favores e pelo amor com que cuidou dos filhos do jejê, Nanã lhe ofereceu dois brajás de búzios e uma abebé de madeira, em forma de boneca, com a parte superior em forma de cabaça, como a ilustração abaixo, para que essa passagem nunca fosse esquecida.

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